Loja vende boneco de nazista por R$ 800 e causa polêmica
DE SÃO PAULO
Bonecos articulados, com mudas de roupas e acessórios personalizados são comuns em lojas de todo o país.
Mas um trio em especial, à venda numa loja na rua da Consolação, centro de São Paulo, chamou a atenção por um diferencial polêmico: ser a representação fiel de Hitler e de dois outros oficiais da Alemanha nazista.
À venda no aniversário da morte de Hitler, dia 30 de abril, o que mais chamava a atenção era o boneco de Heinrich Himmler, chefe da polícia e figura-chave na organização do Holocausto.
Muito detalhado e realista, Himmler vem numa caixa com outras gravatas, um uniforme adicional e sapatos extras para serem combinados.
Os bonecos incomodaram a comunidade judaica. Alberto Zacharias Toron, advogado criminalista, diz que irá se colocar "à disposição da Associação Israelita para tomar as providências legais cabíveis para se apurar o crime de instigação racista, previsto em lei".
O dono da loja, Rodolfo Pranaitis, 24, formado em educação física, afirma que os produtos "são apenas a representação de figuras históricas". "Na própria caixa está escrito que é apenas um boneco e que não há a intenção de ofender as pessoas ou apoiar os crimes cometidos durante a guerra."
Ele diz ainda que não pretende tirar os bonecos da loja.
Himmler sai pela bagatela de R$ 799. Já Hitler, menos personalizável (não é possível trocar os sapatos ou a calça do ditador), custa R$ 599.
A loja conta ainda com bonecos de super-heróis e personagens de filmes.
Após analisar as fotos dos bonecos feitas pela reportagem, a Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), da Polícia Civil, informou que irá avaliar se a venda deles representa ou não algum tipo de apologia ao nazismo.
Detento, que legal seu blog. Gostei da matéria, mas eu preferiria comprar uma Barbie de 100 reais... rs rs
ResponderExcluirBeijão.
Dani Conti
Dani, obrigado por ter visto a matéria, recentemente falei do programa "Na moral" do Pedro Bial, pode comentar lá também.
Excluir