sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Guerra do Rio – A farsa e a geopolítica do crime

A Guerra do Rio – A farsa e a geopolítica do crime
José Cláudio Souza Alves
Seropédica, 25/11/2010


José Cláudio de Souza Alvez, é sociólogo, com doutorado na USP, professor da universidade rual do rio de janeiro, seropédica, RJ, autor do livro "dos barões ao extermínio - uma história de violência na baixada fluminense"


Nós que sabemos que o “inimigo é outro”, na expressão padilhesca, não podemos acreditar na farsa que a mídia e a estrutura de poder dominante no Rio querem nos empurrar.

Achar que as várias operações criminosas que vem  se abatendo sobre a Região Metropolitana nos últimos dias, fazem parte de uma guerra entre o bem, representado pelas forças publicas de segurança, e o mal, personificado pelos traficantes,  é ignorar que nem mesmo a ficção do Tropa de Elite 2 consegue sustentar tal versão.

O processo de reconfiguração da geopolítica do crime no Rio de Janeiro vem ocorrendo nos últimos 5 anos.

De um lado Milícias, aliadas a uma das facções criminosas, do outro a facção criminosa que agora reage à perda da hegemonia.

Exemplifico. Em Vigário Geral a polícia sempre atuou matando membros de uma facção criminosa e, assim, favorecendo a invasão da facção rival de Parada de Lucas. Há 4 anos, o mesmo processo se deu. Unificadas, as duas favelas se pacificaram pela ausência de disputas. Posteriormente, o líder da facção hegemônica foi assassinado pela Milícia. Hoje, a Milícia aluga as duas favelas para a facção criminosa hegemônica.

Processos semelhantes a estes foram ocorrendo em várias favelas. Sabemos que as milícias não interromperam o tráfico de drogas, apenas o incluíram na listas dos seus negócios juntamente com gato net, transporte clandestino, distribuição de terras, venda de bujões de gás, venda de voto e venda de “segurança”.

Sabemos igualmente que as UPPs não terminaram com o tráfico e sim com os conflitos. O tráfico passa a ser operado por outros grupos: milicianos, facção hegemônica ou mesmo a facção que agora tenta impedir sua derrocada, dependendo dos acordos.

Estes acordos passam por miríades de variáveis: grupos políticos hegemônicos na comunidade, acordos com associações de moradores, voto, montante de dinheiro destinado ao aparado que ocupa militarmente, etc.

Assim, ao invés de imitarmos a população estadunidense que deu apoio às tropas que invadiram o Iraque contra o inimigo Sadan Husein, e depois, viu a farsa da inexistência de nenhum dos motivos que levaram Bush a fazer tal atrocidade, devemos nos perguntar: qual é a verdadeira guerra que está ocorrendo?

Ela é simplesmente uma guerra pela hegemonia no cenário geopolítico do crime na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

As ações ocorrem no eixo ferroviário Central do Brasil e Leopoldina, expressão da compressão de uma das facções criminosas para fora da Zona Sul, que vem sendo saneada, ao menos na imagem, para as Olimpíadas.

Justificar massacres, como o de 2007, nas vésperas dos Jogos Pan Americanos, no complexo do Alemão, no qual ficou comprovada, pelo laudo da equipe da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, a existência de várias execuções sumárias é apenas uma cortina de fumaça que nos faz sustentar uma guerra ao terror em nome de um terror maior ainda, porque oculto e hegemônico.

Ônibus e carros queimados, com pouquíssimas vítimas, são expressões simbólicas do desagrado da facção que perde sua hegemonia buscando um novo acordo, que permita sua sobrevivência, afinal, eles não querem destruir a relação com o mercado que o sustenta.

A farsa da operação de guerra e seus inevitáveis mortos, muitos dos quais sem qualquer envolvimento com os blocos que disputam a hegemonia do crime no tabuleiro geopolítico do Grande Rio, serve apenas para nos fazer acreditar que ausência de conflitos é igual à paz e ausência de crime, sem perceber que a hegemonização do crime pela aliança de grupos criminosos, muitos diretamente envolvidos com o aparato policial, como a CPI das Milícias provou, perpetua  nossa eterna desgraça: a de acreditar que o mal são os outros.

Deixamos de fazer assim as velhas e relevantes perguntas: qual é a atual política de segurança do Rio de Janeiro que convive com milicianos, facções criminosas hegemônicas e área pacificadas que permanecem operando o crime? Quem são os nomes por trás de toda esta cortina de fumaça, que faturam alto com bilhões gerados pelo tráfico, roubo, outras formas de crime, controles milicianos de áreas, venda de votos e pacificações para as Olimpíadas? Quem está por trás da produção midiática, suportando as tropas da execução sumária de pobres em favelas distantes da Zona Sul? Até quando seremos tratados como estadunidenses suportando a tropa do bem na farsa de uma guerra, na qual já estamos há tanto tempo, que nos faz esquecer que ela tem outra finalidade e não a hegemonia no controle do mercado do crime no Rio de Janeiro?

Mas não se preocupem, quando restar o Iraque arrasado sempre surgirá o mercado financeiro, as empreiteiras e os grupos imobiliários a vender condomínios seguros nos Portos Maravilha da cidade.

Sempre sobrará a massa arrebanhada pela lógica da guerra ao terror, reduzida a baixos níveis de escolaridade e de renda que, somadas à classe média em desespero, elegerão seus algozes e o aplaudirão no desfile de 7 de setembro, quando o caveirão e o Bope passarem.



                 "CULTURA X CULTURA"   ASS: Tiago Soares Wand Del Rey

Temos que fazer mais do que a ocupação da favela do complexo do alemão, a meu ver, precisamos de uma reestruturação da base educacional das escolas estaduais brasileiras. O Brasil não pode achar que com violência se resolve problemas culturais, porém com educação se combati "cultura x cultura". Digo que uma pessoa que nasce rico não necessariamente trilhará um bom caminho, em sua vida por morar em bons lugares e ter grande poder aquisitivo. Temos que melhorar as idéias das pessoas, precisamos de uma nova filosofia no país que não seja a de "ter dinheiro você tem felicidade a qualquer custo" temos que melhorar as condições terríveis que vivem as pessoas nas periferias no país. As pessoas tem que ter oportunidades, opções de esolhas para poderem pensar e ter uma vida digna. Todo mundo é capaz de chegar e ter condições de viver bem com família, mas para muitos essas chances acabam sendo poucas como vimos a vida que leva os moradores das favelas no Rio de Janeiro.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Proibição do uso de sacolas plásticas/ Fonte: www.uol.com.br

A proibição do uso de sacolas plásticas para carregar compras é aprovada por 60% da população, segundo a pesquisa Sustentabilidade Aqui e Agora, feita pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Supermercado Walmart. O levantamento, que ouviu 1.100 pessoas em 11 capitais, constatou também que 21% não saberiam como descartar o lixo doméstico sem os saquinhos, 40% acreditam que limpeza pública é o principal problema ambiental  nas suas cidades ou bairros, 61% acham que a responsabilidade é dos órgãos públicos e 18% que o meio ambiente é responsabilidade dos indivíduos.

Ainda de acordo com a pesquisa, 82% dos cidadãos se dispõem a participar de abaixo-assinados para responder questões ambientais, mas sem atuar diretamente na solução dos problemas. A pesquisa mostrou que 70% das pessoas jogam pilhas e baterias em lixo comum, 66% descartam remédios em lixo doméstico, 33% não dão a destinação correta para sobra de tintas e solventes. Além disso, 39% descartam óleo usado na pia da cozinha e 17% tem lixo eletrônico em casa. Mesmo assim, a pesquisa apontou que 59% dos entrevistados disseram que o meio ambiente deve ter prioridade sobre o crescimento econômico.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, os dados da pesquisa são importantes porque sinalizam que a questão ambiental está no dia-a-dia do cidadão brasileiro, mostra mudanças de comportamento e que não é preciso gerar produtos que vão parar no lixo causando danos ambientais. “O número de pessoas que aprovam a proibição das sacolas plásticas é bastante promissor”.

Izabella ressaltou que para mudar o comportamento das pessoas que acham a sacola essencial para o descarte do lixo doméstico é preciso informar sobre o que fazer para eliminar o lixo e ter estrutura para recepcionar os resíduos. “Isso tem a ver com nossa capacidade de gerar menos resíduo, ou seja, nós temos que exigir embalagens práticas, mais eficientes e coleta seletiva. Nós precisamos informar mais, dotar as cidades de maior infraestrutura para tratar do resíduo, mobilizar outros atores, como os catadores de lixo estruturando cooperativas para agregar valor a essa atividade”.

O presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), João Sanzovo, usou como exemplo um projeto implantado em Jundiaí, interior de São Paulo, onde a prefeitura fez um acordo com os mercados que tiraram de circulação as sacolinhas desde o mês de setembro. Reduzindo em 80 mil sacolas por mês o consumo. “Estamos agora fazendo o passo-a-passo para implantar o projeto em outras cidades”. Ele sugere que seja elaborada uma lei para implantar o projeto em outras localidades e disse que no estado de São Paulo os supermercados já estão preparados para atender a exigência.

O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, disse que a entidade tem um plano de redução das sacolas em 30% até 2013 e 40% até 2015. Segundo ele, de 2007 a 2009 o consumo desse tipo de embalagem caiu 30%. “Cobrar pelas sacolas é um caminho para reduzir o uso. A sociedade está preparada para esse trabalho. Mas é preciso trabalhar ainda a questão da educação e implantar novas tecnologias de plástico verde”.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

FEIRA DO VERDE EM VITÓRIA 23/11/10

Eu como estudante de comunicação e cidadão capixaba tive a oportunidade de conferir no horário de estágio da FAESA, o evento Feira do Verde no dia 18/11/10. Como é importante, nós compreendermos o funcionamento das redes de saneamento, o trabalho das empresas privadas, como exemplo a Vale, que construiu uma barreira de vento para conter o pó de minério, de 7 andares. De fato, falta ainda muito para chegarmos o ideal de que a natureza precisa. O pó de minério da Vale mesmo, eu que fui morador da Praia do canto, em Vitória,  é muito questionável, pois não podíamos descer no pátio que o pé ficava todo preto, assim quem garante que todos esses anos esse pó de minério não causou doenças? é preciso que as empresas fazem mais do que responsabilidade social, vejo que é muito bonito sair na mídia que a tal empresa fez isso, ou está com uma ação no mês para caridade, é preciso que todos os dias, pensemos qual é realmente a melhor forma de ajudar a sociedade. Isso é mais do que uma boa ação, imagino que em meio de grandes crescimentos das indústrias, arranjar tempo para pensar em nós mesmos é difícil. Porém, com um pouco de paciência, acredito que tem que haver não a "solidariedade" das empresas e sim uma mudança radical de comportamento, entre todos, que aqui vivemos no planeta terra, o nosso espírito ele é muito ligado ao consumo, e descartamos o nosso bem mais precioso, que é a vida.

sábado, 20 de novembro de 2010

"Propaganda Descarada" / Folha de São Paulo, 20/11/10

DRAUZIO VARELLA


A publicidade acintosa de cigarros nos pontos de venda precisa ser proibida. É absurdo não fazê-lo






É EXTENSA a folha corrida dos fabricantes de cigarro. Nenhum dos crimes cometidos pelo capitalismo mundial, incluindo a escravidão, é comparável ao das estratégias engendradas por eles para convencer crianças a começar a fumar.
A história mostra do que foram capazes esses senhores: usaram atrizes e atores de cinema, compraram médicos, esconderam enquanto puderam as pesquisas que associavam o fumo ao câncer, ataques cardíacos e outras enfermidades de gravidade semelhante, investiram fortunas em comerciais dirigidos ao público infantojuvenil, corromperam a imprensa, financiaram políticos e contrataram lobistas para pressionar os reticentes.
O objetivo dessas ações era mais do que explícito: viciar meninas e meninos para torná-los usuários de nicotina até a morte.
No Brasil, a publicidade do cigarro nos meios de comunicação de massa foi proibida apenas no ano 2000. Os fabricantes não se abalaram, competentíssimos na arte de angariar novos dependentes químicos, espalharam pontos de vendas coloridos e sedutores junto aos locais frequentados por crianças e adolescentes.
Meses atrás, em entrevista à revista "Exame", um alto executivo da Souza Cruz afirmou com a desfaçatez habitual: "Temos de inundar o varejo com nossos maços de forma que o consumidor ache o produto em qualquer lugar do Brasil. Os cigarros que saem das duas fábricas, em Uberlândia (MG) e em Cachoeirinha (RS) abastecem 260 mil pontos de venda em todo o Brasil".
Pesquisa Datafolha/Aliança de Controle do Tabagismo conduzida em maio deste ano em São Paulo dá sentido às palavras do tal executivo: "A grande maioria dos estabelecimentos de São Paulo que comercializa cigarros possui nas proximidades, num raio de até um quilômetro, alguma escola de nível fundamental ou médio; mais de um terço têm uma faculdade na vizinhança".
Proibido o acesso à TV e aos jornais, os fabricantes investiram pesado na divulgação de material publicitário (displays, cartazes, luminosos etc.) para promover as vendas em locais como padarias, lanchonetes, bancas de jornal e lojas de conveniência. Cerca de 70% desses pontos de venda expõem cartazes promocionais coloridos, desenhados com a finalidade precípua de atrair os mais jovens.
Em 83% dos estabelecimentos visitados, os cigarros estavam expostos junto às balas, chocolates ou doces. Nas padarias, esse número chega perto da totalidade.
Segundo a publicitária especializada em merchandising, Regina Blessa: "O ponto de venda é a única mídia que reúne os três elementos essenciais para uma compra: consumidor, dinheiro e produto. No Brasil, 85% das compras são decididas nesses pontos comerciais, não são planejadas anteriormente".
De acordo com ela, como nossos olhos "escaneam" a 100 km/h a publicidade e as mercadorias presentes nesses locais, não é de estranhar que os fabricantes de cigarro invistam cada vez mais nos espaços em que a decisão de comprar acontece.
Até quando nós, brasileiros, conviveremos com esse crime continuado? Para proteger nossos filhos, proibimos propaganda de cigarro na TV, rádio, jornais e revistas, mas fazemos vistas grossas ao aliciamento da criança que entra na padaria para comprar um chocolate. Tem lógica, leitor?
Se a venda de cigarro em padaria, lanchonete ou banca de jornal é uma aberração há muito banida dos países mais desenvolvidos, permitir nesses locais a exibição de material publicitário que visa criar imagens benevolentes de um tipo de dependência química que provoca sofrimento e leva à morte precoce, é descaso com a saúde de nossos filhos ou falta de coragem para enfrentar o lobby da indústria. Irresponsabilidade ou covardia, não há outra explicação.
A sociedade admitiria a presença de cartazes que apregoassem a venda de maconha junto aos doces e aos pães que a mãe pede para o filho comprar na venda da esquina?
Essa publicidade acintosa nos pontos de venda precisa ser terminantemente proibida. É absurdo não fazê-lo. Os maços de cigarro não podem ficar expostos aos olhares curiosos das crianças. Por que razão não criamos leis que obrigam os comerciantes a guardá-los em gavetas ou estantes fechadas?


Gente, eu que curso a faculdade de Publicidade e Propaganda na FAESA, sei mais do que ninguém como uma propaganda,ilustrações de adesivos podem direcionar o olhar inocente das crianças. Realmente é impressioante a capacidade das ferramentas de marketing, que vão desde propagandas na tv, há redes de marketing direto, relações públicas,pesquisa mercadolócia,merchandising,mala direta,comunicação integrada e etc. O poder de persuasão deles ja são magníficos por excelência, alinhado as grandes invenções tecnológicos isso tende a aumentar assustadoramente. Assim sendo, concordo em gênero,número e grau o pedido de Drauzio Varella ele que mais do ninguém sabe o quanto de mal pode fazer o uso do tabaco para as pessoas em geral e principalmente as crianças. O ponto de venda é planejado pelas grandes empresas a serem atrativos, ai fica a pergunta como deixar seu filho exposto a isso? solução é como diz o Drauzio Verela, falta coragem para o governo combater a gigante Souza Cruz, indústria que faz somar o Pib do governo com suas grandes ações, vêem ainda controlando o mercado em função do seu lucro, sem pensar que milhões e milhões de pessoas morrem pelo uso do cigarro afetando também o fumante passivo, senhores eu pegunto a vocês leitores, que são os maiores conhecedores destes problemas, os cigarros devem ficar exposto nos ponto de venda? aliás, é necessário a venda de algo que como o passado mostra só prejudicou, pense em você, que sua vida é mais importante que este consumo.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Metafísica do Consumo das crianças

Segundo Colin Campbell, metafísica do Consumo apesar de parecerem termos opostos, pois o primeiro observando o sentido do dicionário caracteriza-se pelo ser e saber. Já o consumo seria o mundano, imediatista ou acabar. Porém o que levou ele a construir sua tese, sobre a metafísica do consumo é como o fato de nós comprarmos, conseguiu ocupar um lugar tão importante em nossas vidas. A verdade é que a sua crítica se dá na efemeridade das identidades da cultura pós-moderna. Seria uma espécie de afirmação hoje das pessoas, confirmação entre suas relações sociais, em que a compra define o que você realmente é.Um termo que ele cita que eu gostei muito é que "a nossa vida hoje ela é comparada a intensidade de nossa experiência". Em suma podemos concluir que se as pessoas compram para buscarem o seu "eu", ou seja, sua identidade e se partir do presuposto de que o mercado controla os grandes lançamentos da moda, em busca de um lucro maior, as pessoas que começarem a ficar com tédio, vai sempre querer buscar mais essa "experiência" que muitas vezes funciona num dos produtos de shopping, ou outros serviços que fazem transforma de maneira psicológica a cabeça da humanidade, tendo como o principal ponto fraco, as emoções e desejos das pessoas. Dessa formo´, o ponto crucial que ele chegou e que eu considero relevante, seria que isso não serviria apenas de entendimento intelectual, um tipo de recurso para trabalhos acadêmicos, mas que façamos desse conhecimento uma investigação sociológica, assim sendo me preocupo mais com as crianças que ainda estão em processo de formação.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Harriet "O caso extremo de superação" / www.globo.com

Quando leio histórias assim, de superação, com final feliz, como a de Harriet no Mail online, penso em como tantos milhões de seres no mundo são hostilizados por seu peso. A sociedade olha não só com desprezo mas com um certo ódio para pessoas muito acima do peso. Como se elas não tivessem direito de existir. Casos como o de Harriet provam que não é necessário partir para uma cirurgia invasiva e agressiva para ter um peso normal e saudável. Já escutei muitas histórias de gordos que comem ainda mais e se tornam mais obesos para poder se candidatar a uma cirurgia de redução de estômago. A obesidade mórbida é uma doença – física e psicológica. Como ajudar essas pessoas é um desafio, para a família e amigos. O maior desafio é dos próprios gordos: como eles podem ajudar a si mesmos.




Documentário da professora Harriet, trago aqui essa reportagem pois me surpreendeu a capacidade de força dessa jovem, haja visto que enfrentou seu problema da maneira mais difícil, mas com calma e sem pensar em desistir, permaneceu até o fim dessa guerra. Chamo de guerra pois o problema da Harriet não foi em função de uma coisa só que atormentou, porém aliado a sua imagem que estava completamente fora dos padrões impostos pelas grandes revistas de moda, Harriet chegou a um ponto de pesar mais de 160kg, realmente seu peso passou a ser uma doença.Como se não bastasse, ela teve que enfrentar a sociedade, eu diria o desafio maior ainda que a obesidade, enfrentar seus "amigos", colegas, até mesmo a própria família, pois os parentes ja não sabia o que fazer com ela.Assim quero observar que nesse nosso mundo imediatista, a solução mais fácil para Harriet seria, uma redução de estômogo talvez? pois isso foi exatamente que ela não fez, até porque esse seria um caminho muito fácil, do jeito que nossa realidade pede, "fazer por fazer", pois não temos mais paciência para cuidar de nós mesmos.Desse modo quero parabenizar a Herriet por ter tido muito força de vontade e ter feito a diferença quando em 18 meses conseguiu apenas por dieta de comidas saudáveis e exercícios virar o jogo da vida.Em resumo vocês podem estar se perguntando mas o que isso tem a ver com a metafisica do Consumo das crianças? veja é exatamente esse olhar que penso ser o ideal para lidar com a construção de nossas identidade, pensarmos em nós no sentido espiritual, rever se o que compromos hoje, ou o que estamos consumindo está dando benefícios, se nós estamos felizes do jeito que somos como hoje a Harriet conseguiu ser, viver bem consigo mesma é o melhor remédio para a nossa mente.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"Pintos Shopping" Análise da Campanha








A campanha do “Pintos Shopping” utilizou em seu comercial um ator consagrado na dramaturgia brasileira. Reinaldo Gianecchini fez uma ousada propaganda para a família Pintos em Teresina no Piauí.
Segundo a assessoria do ator o comercial não teve grandes comentários maldosos em Teresina, pois, a família Pintos ela é tradicional no mercado local. Mas o intrigante é como a agência Interativa Propaganda, responsável pelo comercial não percebeu a dimensão que o slogan “Novo Pintos Shopping: tudo que você mais gosta, no lugar que você sempre quis” poderia tomar. Ou até mesmo imaginou uma repercussão, mas não tamanha quanto foi.
Dessa forma, é intrigante saber se isso foi uma jogada da agência de publicidade de querer mídia para o estabelecimento ou realmente o equívoco de Reinaldo Gianecchini, ator muito prestigiado e famoso dentre as celebridades.
            As imagens de crianças junto ao slogan dão a entender que é normal a associação nessa fase de idade com o sexo. Ainda mais que, no texto do ator, consta a seguinte frase: “A nova Pintos Shopping é um paraíso para a criançada”, e depois ele expõe as vantagens da loja. Porém, essa frase ligada ao slogan da campanha resulta em algo catastrófico.
Vale lembrar que Gianecchini é um galã de novela da Rede Globo, como profissionais da área de comunicação que estão nas agências de publicidade e até mesmo Gianecchini, no seu trabalho, não analisaram que hoje o mundo globalizado em que vivemos, as notícias elas correm muito rápidos, ou seja, as informações não escapam de ninguém e principalmente as crianças.
Assim queremos então chegar, até onde vai a ética na produção publicitária. As mulheres jovens, bonitas, com roupas justas, brincos, alinhado as tecnologias novas, como as TVs de LCD nesse mundo de fantasias e ilusões constrói nas crianças que poderia estar pensando em brincar com seus amigos, emoções e desejos que podem estar vindo antes da hora, pois como diz Gilles Lipovetsky (1987) em sua obra “O Império do Efêmero” a moda e seu destino nas sociedades modernas, o neonarcisismo individualista contemporâneo, um ser que não existia antigamente quando se tinha mais valor sobre as pessoas e suas origens do que simplesmente gostos de marcas ou produtos tecnológicos.
Vemos que o mundo pós-moderno conseguiu várias transformações na abertura de fronteiras, tanto do aspecto cultural como o econômico, mas a forma como cada país seja ele desenvolvido ou não está passando, em termos reais de comportamento dos nossos jovens, tendo como base o efeito extraordinário da comunicação alterou drasticamente as relações sociais e o modo de pensar de cada indivíduo.
Analisando sobre outra ótica o artigo de Colin Campbell (2006) “A metafísica do consumo”, o significado do consumo apesar de ser visto com grande futilidade e até mesmo supérfluo ocupou um lugar em nossas vidas de tal forma que precisamos estar aptos e reconhecer que as mensagens publicitárias, com seus recursos áudio visuais, podem interferir na visão das crianças.
De fato a construção de nossa realidade é mais televisiva do que realmente a experiência que o indivíduo ocupa em seu tempo no convívio social, pois as imagens e os efeitos visuais aumentam de maneira impressionante a pregnância aos nossos olhos a tela de TV.
Assim o slogan do Pinto shoppings terminando a propaganda com tudo que você mais gosta no lugar do que você sempre quis dá a entender que o gosto, a maneira como as pessoas são é pelo simples ato de você desejar uma coisa, seja ele objeto ou pessoa física. Critico assim na análise semiótica como hoje a produção de sentidos numa propaganda pode ajudar a reforçar esse pensamento do mundo contemporâneo, a valorização do ter em detrimento do ser.


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

CONCEITO SOBRE Metafísica do consumo

metafísica não é um termo que a maioria das pessoas normalmente associaria com a atividade de consumo. De fato, esses dois termos parecem ser considerados pólos opostos: o primeiro relacionado (como consta no dicionário) com "princípios básicos, especialmente em relação a ser e saber", e o segundo, com a rotina, a prática e o mundano. Como, então sugerir que talvez exista uma conexão entre os dois? Entretanto, cheguei a essa conexão entre eles em consequência de minhas tentativas de buscar uma resposta para a questão de por que o consumo acabou por ocupar um lugar tão central em nossas vidas. Colin Campbell

Mayara Petruso "Monstruosidade nas redes sociais"






Vendo a monstruosidade que a estudante de direito Mayara Petruso fez nas suas redes sociais, é com esse entuito e mais entusiasmo que me dedico aqui para tentar entender a sociedade do consumo e observar o contexto em que vivemos. Mas procuro não só ficar na teoria mas refletindo e fazendo a diferença no mundo. Senhores, amigos, a importância mais uma vez da construção de identidade de uma pessoa, o ambiente que ela está inserida, como uma pessoa que cursa hoje a faculdade de direito foi capaz de tamanha barbaridade. Sinal que não é só as pessoas que tem problemas financeiros que podem contribuir para o caos social. Percebo que a questão metafísica do consumo muito bem explicado por Colin Campbell, é sem dúvida um problema mais complexo que possa parecer. Compreender também que ela utilizou as redes socias para rebaixar, desqualificar, denegrir a imagem dos povos nordestinos, tendo em vista que tudo isso foi para acertar a Dilma e o tiro parece ter saído pela culatra. Assim quero atingir hoje as crianças, como elas estão utilizando suas redes sociais? dessa forma? é inadmissível a capacidade que o ser humano tem de fazer o mal. Vale lembrar que os pais são o espelho que seu filhos pensam sobre o que é certo ou errado, acredito que uma pessoa que foi capaz de fazer isso e que tomou proporções tão grandes não aprendeu quando criança a sabedoria de conviver em grupo, saber receber um não, compreender que as opniões elas nem sempre são iguais, e que a diversidade é que faz você ter mais conhecimentos e saber lidar com a diversidade cultural que é a maior riqueza que o ser humano possui.

Eles são os líderes do futuro / Jornal A Gazeta dia 31/10/10

Se não fosse a pouca idade - 14 anos - os estudantes Alexandre de Souza Bianque e Bárbara Scarton votariam nas eleições de hoje.Ambos têm na ponta da língua os candidatos preferidos para presidente do país e argumentos que poderiam convencer qualquer eleitor. Além da política , os jovens têm opniões críticas sobre diversos assuntos e uma certeza: querem fazer do mundo um lugar melhor.Desde bem pequenos, os dois são líderes na escola, no esporte e nos demais espaços que frequentam.O que, afinal, pode explicar o espírito de liderança em alguns jovens? Parece genética, mas como explica a psicanalista Roberta Giantovannoti, essa habilidade é construida. "Temos que considerar o poder da influência do ambiente. A liderança se constrói ao longo da vida, cada um com sua inteligência emocional, com seus valores e com a participação ativa e cuidadosa dos pais e das escolas," ressalta . Todas as pessoas possuem, em maior ou menor grau, características como ser carismático,criativo,saber falar e ouvir, e ter iniciativa, mas a questão é a forma como cada um coordena essas virtudes, opina a especialista em terapia  familiar e em Desenvolvimento Moral Adriana Muller. Nesse contexto, a família é peça-chave. "O mais importante é ter olhos para ver o que os filhos são e habilidade para orientar essas características" , destaca a psicóloga.   Alexandre cursa o 9º ano (antiga 8º série) na Escola Municipal de Ensino  Fundamental Juscelino Kubitschek de Oliveira, em Maria Ortiz, Vitória. De personaliodade forte e bem articulado, aos 11 anos elegeu-se representante de turma.    Por sua capacidade de comunicação , também foi eleito para representar  os alunos no conselho da escola. "Queria representar os que não tinham voz, os que não falavam, mas que tinham vontades e ideias. Se tenho qualidades e estou dispoto, eu consigo" , dispara. Com essa confiança, Alexandre representou  a escola na Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Por ter se destacado, foi parar na conferência estadual, de mesmo tema. Atleta de handedbol, o rapaz ajudou a escola a conquistar pelo menos uns 15 troféus em competições.Já Bárbara nunca foi representante de turma, mas o bom desempenho escolar fez dela uma referência. "Os colegas me procuram  para pedir ajuda nos trabalhos. Eles confiam em mim", conta.Aluna do leonardo da Vinci, em Santa Lúcia, a jovem não teme desafios. Falante, Bárbara ainda não sabe, qual profissão seguir , mas dá sinais de quem quer lutar por uma sociedade melhor. "Quero ajudar as pessoas. Talvez seja diplomata. Me interesso por outras culturas e acho que para entender verdadeiramente uma população é preciso falar a sua língua", diz convicta.

                                                   
              Diferentemente do artigo da Mayara Petruso, aqui temos uma boa reportagem diga-se de passagem do Jornal A gazeta, que com ajuda dos pais é possível ter filhos com pensamentos mais críticos sobre a realidade em que vivemos. Perceber que a personalidade segundo os psicólogos ela é formada entre 0 e 5 anos de idade, assim temos que observar como nossos jovens estão se relacionando, se eles na sua formação estão exercendo o direito de brincar, pois nós nascemos sem preconceitos e apartir de nossos desenvolvimentos é que criamos nossos ideias de humanidade, política e o principal de nós mesmo. E é sobre esse eu que me preocupa, vivemos numa sociedade onde tudo tem que ser pago, graças ao capitalismo do mundo moderno. Chavões como "to pagando" é muito bonito em humor, porém quando colocamos que milhões de brasieliros não possuem dinheiro para ter um tennis de marca, como esse "eu" se senti dianti dos amigos? como ele percebe o mundo quando os veículos de comunicação modelam o jeito de viver de um país. Essas perguntas é que me incentivam a saber mais sobre a metafísica do consumo das crianças.