terça-feira, 31 de maio de 2011

Bebês sentem o tamanho como superioridade do indivíduo /WWW.UOL.COM.BR 31 DE MAIO

© cindy singleton/istockphoto







Para se dar bem socialmente é bastante útil entender hierarquias. Um estudo publicado pela Science mostrou que essa habilidade é tão importante que a temos desde pequenos. O psicólogo Lotte Thomsen, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, constatou que bebês com apenas 10 meses já entendem que, geralmente, quem é maior manda. Para realizar o experimento, o pesquisador mostrou aos bebês desenhos animados nos quais dois blocos de tamanhos diferentes, cada um com uma boca e um olho, saltavam um em direção ao outro, partindo de lados opostos de uma plataforma. Quando chegavam ao meio, os blocos colidiam e voltavam para trás várias vezes, como se lutassem pelo direito de continuar em frente. Por fim, um dos blocos se curvava e saía do caminho, enquanto o outro seguia adiante.


O pesquisador notou que os pequenos participantes se concentraram mais nas cenas em que o objeto maior cedia passagem ao menor, indicando que eles estavam impressionados com o resultado – o intervalo que os bebês passam concentrados em um acontecimento é um aspecto frequentemente considerado por psicólogos para avaliar o interesse despertado. As descobertas sugerem que desde cedo as crianças têm algumas ideias sobre conflitos e dominância social, mesmo que não saibam falar nem lutar. Seja por algum sentido inato ou por experiências vividas com um irmão mais velho que lhes tirou um brinquedo, os bebês entendem que pessoas maiores que eles costumam estar no topo da hierarquia.

"Não lembramos de nada quando criança" / FOLHA.COM 31 DE MAIO

PASSADO EM BRANCO

Pode apostar: quem diz se lembrar de fatos ocorridos antes de seus quatro anos de vida está confundindo histórias ouvidas com memória própria; pesquisa mostra que esquecemos da nossa infância ainda crianças











Alexandre Rezende/Folhapress

Rafael Agulha de Freitas

JULIANA VINES
DE SÃO PAULO

A história começa com um tombo, uma viagem em família, uma briga na escola por volta dos quatro, cinco anos. Antes disso, nada.
"Desconhecemos e esquecemos muitos aspectos da nossa vida. É muito provável que você saiba pouco sobre si mesmo", diz Fani Hisgail, psicanalista.
E é justo a infância, tão saudosa e cantada pelos poetas, a época mais esquecida.
Ironia biológica? Os especialistas chamam de amnésia infantil, e não tem nada a ver com lapsos de memória, mas com os quatro primeiros anos de vida que parecem ter sido apagados com borracha.
"Sim, pode-se dizer que perdemos parte da nossa infância", afirma à Folha Carole Peterson, pesquisadora da Memorial University of Newfoundland, no Canadá.
Peterson coordenou uma pesquisa, publicada no começo do mês na revista "Child Development", sobre memórias de infância.
No estudo, 140 crianças entre quatro e 13 anos foram convidadas a contar suas primeiras memórias (fizemos o mesmo com quatro pessoas, leia depoimentos nesta e nas páginas seguintes).
Dois anos depois, as crianças da pesquisa tiveram que contar novamente as lembranças mais antigas e estimar quantos anos tinham quando tudo aconteceu.
As mais novas trocaram as memórias velhas por mais recentes. As maiores mantiveram as mesmas lembranças. Moral da história: esquecemos a infância enquanto ainda somos crianças.
Não há dúvida que crianças conseguem armazenar informações, segundo Martín Cammarota, pesquisador em neurofisiologia da PUC-RS.
"Elas sabem o que aconteceu ontem ou anteontem, mas são lembranças de curta duração."
A neurociência não tem certeza de por que isso acontece. Uma das hipóteses é que o cérebro ainda não estaria pronto para gravar memórias à tinta, de acordo com Rodrigo Neves Pereira, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
"É como se as crianças escrevessem a lápis no disco rígido da memória."
Estruturas cerebrais responsáveis por processar e arquivar informações não estão totalmente desenvolvidas aos dois anos ou três anos.
Na mesma direção, o neurocientista Ivan Izquierdo argumenta que, nessa idade, não dominamos totalmente a linguagem.
"As memórias de antes dos três anos são gravadas em códigos não linguísticos, que não fazem sentido depois que somos adultos."
Não por acaso, lembranças mais claras coincidem com o início da alfabetização. Algumas pessoas, porém, desenvolvem essa capacidade mais cedo. Mistérios.

SELEÇÃO INCONSCIENTE
"Amnésia infantil não tem relação com o amadurecimento do cérebro", diz logo de cara Renata Petri, psicanalista professora da Unifesp.
Para a psicanálise, parte da infância é esquecida porque as lembranças são conflitantes, dolorosas. "Aquilo que traz conflito elimina-se da consciência e vai constituir o inconsciente."
Nessa visão, o ser humano sofre os efeitos dessas memórias encobertas pelo resto da vida, mesmo sem conseguir lembrá-las. Daí viriam alguns medos e traumas.
"É comum estabelecermos a relação entre acontecimentos de infância e traumas futuros, mas não se pode reduzir a ideia de trauma a isso", afirma Fani Hisgail.
A neurologia até concorda que memórias esquecidas podem, sim, interferir na formação de novas lembranças, mas tem uma visão diferente do que é o inconsciente.
"São memórias que não estão ativas o suficiente para serem lembradas, mas que, mesmo assim, influenciam outros circuitos", comenta Gilberto Xavier, pesquisador em neurofisiologia da USP.
A influência do passado sobre o futuro esbarra em outro ponto: a competição entre acontecimentos. Não há como prever quais fatos serão lembrados a longo prazo. Depende do quanto prestamos atenção a eles, do excesso de informações e de fatores afetivos.
"Aspectos emocionais moldam a aquisição de memórias, influenciam a razão. É o que chamamos de erro de Descartes", diz Pereira.
Tombos, cortes e acidentes físicos são mais marcantes por motivos biológicos, de acordo com Xavier. "Você se lembra de um acidente para ter condições de evitá-lo. Biologicamente, esse é o sentido da memória." Parece simples. Mas, cada vez que um fato é resgatado, acrescenta-se um aspecto, uma ponta no novelo.
Depois de recordar algumas vezes acontecimentos distantes, é quase impossível separar a verdade do mito. "Criamos falsas memórias, e não há nada de patológico nem de malvado nisso", pondera Izquierdo.
É a mentira que não é mentira. Para a psicanálise, não importa. "Tudo é interpretação. Toda memória é uma leitura sem contato direto com a realidade", diz Preti.
Cada nova experiência resignifica a anterior. "De certa forma, o futuro influencia o passado."

domingo, 29 de maio de 2011

Políticos donos de concessões de rádio e TV / FOLHA.COM










Laranjas compram rádios e TVs do governo federal

Donas de casa e cabeleireira são proprietárias de concessões milionárias

Por trás das empresas há igrejas, políticos e especuladores que, assim, conseguem ocultar a participação

ELVIRA LOBATO
DO RIO

Empresas abertas em nome de laranjas são usadas frequentemente para comprar concessões de rádio e TV nas licitações públicas realizadas pelo governo federal, aponta levantamento inédito feito pela Folha.
Por trás dessas empresas, há especuladores, igrejas e políticos, que, por diferentes razões, ocultaram sua participação nos negócios.
Durante três meses, a reportagem analisou os casos de 91 empresas que estão entre as que obtiveram o maior número de concessões, entre 1997 e 2010. Dessas, 44 não funcionam nos endereços informados ao Ministério das Comunicações.
Entre seus "proprietários", constam, por exemplo, funcionários públicos, donas de casa, cabeleireira, enfermeiro, entre outros trabalhadores com renda incompatível com os valores pelos quais foram fechados os negócios.
Alguns reconheceram à Folha que emprestaram seus nomes para que os reais proprietários não figurem nos registros oficiais. Nenhum, porém, admitiu ter recebido dinheiro em troca.
Há muitas hipóteses para explicar o fato de os reais proprietários lançarem mão de laranjas em larga escala.
Camuflar a origem dos recursos usados para adquirir as concessões e ocultar a movimentação financeira é um dos principais.
As outras são evitar acusações de exploração política dos meios de comunicação e burlar a regra que impede que instituições como igrejas sejam donas de concessões.
Não há informação oficial de quanto a venda das concessões públicas movimentou. De 1997 a 2010, o Ministério das Comunicações pôs à venda 1.872 concessões de rádio e 109 de TV. Licitações analisadas pela reportagem foram arrematadas por valores de até R$ 24 milhões.
Também não existem dados oficiais atualizados sobre as licitações disponíveis para consulta. As informações do ministério deixaram de ser atualizadas em 2006.
Para chegar aos donos das empresas, a Folha cruzou informações fornecidas pelo governo com dados de juntas comerciais, cartórios, da Anatel e do Senado, que tem a atribuição de chancelar as concessões.

EM NOME DE DEUS
Pessoas que admitiram ter emprestado seus nomes dizem que o fizeram por motivação religiosa ou para atender a amigos ou parentes.
Donos, respectivamente, das Rádio 630 Ltda. e Rádio 541 Ltda., João Carlos Marcolino, de São Paulo, e Domázio Pires de Andrade, de Osasco, disseram ter autorizado a Igreja Deus é Amor a registrar empresas em seus nomes para ajudar a disseminar o Evangelho.
Políticos também podem estar por trás de empresas. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, é apontado pelo sócio no papel da Paraviana Comunicações como o real dono da empresa, que comprou duas rádios FM e uma TV em licitação pública.
Em e-mail enviado à Folha, João Francisco Moura disse que emprestou o nome a pedido do amigo Geraldo Magela Rocha, ex-assessor e hoje desafeto de Jucá.
Magela confirmou a versão. O senador foi procurado quatro vezes pela reportagem para responder à acusação, mas não se pronunciou.
O radialista e ex-deputado estadual Paulo Serrano Borges, de Itumbiara (GO), registrou a Mar e Céu Comunicações em nome da irmã e do cunhado. A empresa comprou três rádios e duas TVs por R$ 12,7 milhões e, em seguida, as revendeu.
Borges disse apenas que usou o nome da irmã por já ter outras empresas em seu nome, sem dar mais explicações. E que revendeu as concessões por não ter dinheiro para montar as emissoras.
Chama a atenção o fato de que algumas concessões são adquiridas com ágio de até 1.000%. Empresários do setor ouvidos pela Folha dizem que as rádios não são economicamente viáveis pelos valores arrematados. O setor não tem uma explicação comum para esse fenômeno.
A rádio de Bilac (SP), por exemplo, foi vendida por R$ 1,89 milhão, com 1.119% de ágio sobre o preço mínimo do edital. A empresa está registrada em nome de uma cabeleireira moradora de Itapecerica da Serra (SP).

"Pais apressados" almoçam com os filhos na escola / FOLHA.COM

Escolas resgatam o almoço em família

Colégios criam espaço e estimulam pais a fazer refeições com filhos durante a semana, algo cada vez mais raro

Objetivo é aproximar a família do ambiente escolar e fornecer aos "pais apressados" um tempo com seus filhos











Eduardo Knapp/Folhapress

Oanalista de sistemas Marco Antonio Chaves almoça com o filho, João Pedro, 6, no colégio São Luís, centro de São Paulo

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Como quem não quer nada, João Pedro, 6, contou ao pai, o analista de sistemas Marco Antonio Chaves, 37, que alguns colegas almoçavam com os pais na escola.
Foi a deixa para a estreia de Marco Antonio no refeitório do colégio São Luís, na capital, na quinta-feira.
Diante de casais cada vez mais ocupados com o trabalho, colégios particulares de São Paulo e outros Estados têm oferecido a opção de os pais "fugirem" do escritório para almoçar com os filhos que fazem atividades extracurriculares durante a tarde.
Ao menos 20 colégios ouvidos pela Folha (na capital, interior e outros Estados) aderiram à iniciativa. Além de observar como o filho se alimenta, é uma tentativa de resgatar o almoço em família.
O encontro é aberto a pais de alunos de todas as idades, mas acaba funcionando mais com crianças de até dez anos, dizem as escolas.
"Ele já cobrou quando vou vir de novo. Eu disse: "Quando tiver macarrão". Agora, ele não vai parar de procurar no cardápio", brinca Chaves.
No São Luís, o pai estreante sentou-se atrás de uma veterana, a advogada Dolores Cabana de Carvalho, 46.
Duas vezes por semana, há três anos, ela sai do escritório na Paulista para matar a saudade de Matheus, 7. "Não tem remédio melhor que ganhar um beijo no meio do expediente", afirma.

DE OLHO
A refeição é cobrada como num restaurante normal e também acontece nos colégios Humboldt, Santa Cruz, Porto Seguro e Pio 12, na capital, Auxiliadora (Ribeirão Preto) e D'Incao (Bauru).
No Miguel de Cervantes, os pais podem agendar um almoço mensal. No Sidarta, acontece às sextas e, esporadicamente, no Liceu Pasteur (capital) e no Carlos Chagas Filho (São José do Rio Preto).
A rede Marista oferece o almoço com os pais em nove escolas do grupo -em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal.
No Colégio Marista Arquidiocesano, na capital, de 30 a 40 pais almoçam por dia na unidade, de 4.200 alunos.
"Para a família, é um espaço de compensação na vida tão corrida", diz o diretor educacional, Chico Sedrez.
No Marista de Ribeirão Preto, no interior paulista, três vezes por semana, o administrador de empresas Eduardo Stefanelli, 44, e a médica Renata Fedatto, 41, almoçam com os filhos Vitória, 12, e Leonardo, 11.
"Além da praticidade, posso observar o que acontece na escola, os coleguinhas, funcionários, coisas rotineiras da escola", diz Renata.

sábado, 28 de maio de 2011

Alunos de Jogos Digitais realizaram oficinas para crianças e adolescentes / WWW.FAESA.BR


A Faesa foi convidada pela Escola Múltipla, da Serra, para participar da Feira de Profissões. No evento, estudantes de ensino médio e fundamental receberam oficinas de alunos e professores de faculdades para entenderem melhor como funcionam as profissões e o mercado de trabalho.

Representando o curso de Jogos Digitais, os alunos do 4º período, Victor Hugo, Victor Baby, Raphael Mendes e Raphaela Nunes realizaram oficinas para as crianças e adolescentes nos dias 23 e 24 deste mês.

O objetivo da oficina foi divulgar o curso e tirar dúvidas dos estudantes. O que fazem, como fazem, com o que trabalham, foram algumas das perguntas respondidas aos jovens.

Na terça-feira, dia 24, o grupo de alunos da Faesa fez uma demonstração do uso do videogame XBOX 360, com a ferramenta kinect, e uma análise de jogos, como o Kinect Adventures, para estudantes do ensino médio.

Já na terça-feira, dia 25, os alunos deram uma consultoria sobre Concept Art, que significa o esboço da arte pronta. Com o uso de mesas digitalizadoras, as crianças viram na prática como se dá o funcionamento desta arte.

De acordo com Victor Hugo, como estudante de Jogos Digitais e gerente da equipe Extinto Gamer, desenvolver esse mercado é a forma de criar mais tecnologia e vagas de trabalho para os interessados em jogos.

“Os alunos do colégio nos receberam muito bem, estavam interessados nos temas. Tivemos o auxílio dos recursos tecnológicos da Faesa, o que tornou ainda mais interativa a oficina, as crianças nunca haviam desenhado com uma mesa digitalizadora e a maioria não havia jogado Xbox360. Foi com certeza uma experiência gratificante para equipe da Extinto Gamer, que iremos repetir, sempre analisando os talentos que se preparam para o mercado de trabalho”, concluiu Victor Hugo.

Quase 13% dos meninos entre 16 e 25 anos ficam incomodados com homossexuais, diz pesquisa / WWW.UOL.COM.BR

Quase 13% dos meninos disseram que ficariam incomodados "se tivesse[m] como parente ou colega de escola ou de trabalho uma pessoa homossexual" -- essa informação foi retirada dos questionários socioeconômicos do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) aplicados entre 2004 e 2008. Entre as meninas, o percentual é de quase 4%. A tabulação dos dados foi feita por Josafá Moreira da Cunha e Araci Asinelli da Luz, ambos do programa de pós-graduação em educação da UFPR (Universidade Federal do Paraná).

Para a pesquisadora Claudiene Santos, da UFS (Universidade Federal de Sergipe), o fato de o grupo de meninos ser tão maior é esperado. "Tanto homens quanto mulheres são conduzidos à heterossexualidade, mas o cerceamento em relação à atitude dos meninos é maior", explica. Por isso, os garotos tendem a ser mais intolerantes à presença de gays.

Discriminação homofóbica entre concluintes do Ensino Médio
Fica incomodadoJá sofreu discriminaçãoJá presenciou discriminação







Ao se observar o histórico dos dados, é possível perceber que os percentuais dos inscritos ao Enem incomodados com a presença de homossexuais diminuem. O ano com maior número de respostas positivas foi 2005, quando 16,9% dos meninos declararam preferir manter-se longe de homossexuais; a porcentagem de meninas que deram essa mesma resposta foi de 5,1%.

No decorrer do tempo, as taxas diminuem -- chegando a 12,8% entre os meninos que se sentem incomodados com a presença de gays e a 3,8% entre as garotas.

"Hoje em dia, os comportamentos de gênero são mais flexíveis: você vê time de futebol de meninas [uma atividade atribuída ao padrão masculino de ação], mas encontrar menino fazendo balé é mais difícil", diz Claudiene. "Os meninos não podem mostrar afeto, eles se socializam na gressividade."

Segregação
O estudo analisou mais duas perguntas relacionadas ao tema: “Você já sofreu discriminação por ser (ou parecer ser) homossexual?” e “Você já presenciou discriminação contra homossexuais?”

Os homens também são maioria entre os que afirmaram ter sofrido discriminação por ser (ou parecer ser) homossexual. No ano de 2008, o percentual de respostas positivas masculinas chegou a 5,6%. Já entre os alunos que afirmam ter presenciado episódios de discriminação homofóbica, as meninas são a maioria, com 67,8% de respostas positivas em 2006, ano com maior incidência de casos.

Esse preconceito pode existir dentro e fora da escola -- no caso de aparecer dentro do ambiente educativo, é preciso analisar se docentes e direção estão preparados para trabalhar com o assunto. "Muitas vezes a escola perpetua a definição dos papéis de gênero [ao estabelecer algumas de suas regras, como proibir que meninos usem brincos ou gloss]", comenta Claudiene.

"Em 12 anos de docência no ensino superior, eu só encontrei no ano passado minha primeira aluna [assumidamente] homossexual", conta Claudiene. "Eu me pergunto: onde estão os travestis e os transsexuais? Eu me preocupo a invisibilidade em que esse grupo se encontra." Isso pode significar que esses grupos -- por causa da discriminação -- não conseguem acessar a escola, a educação.

A imagem do Saci ao crack / FOLHA.COM 28 DE MAIO

Material que compara efeitos da droga aos do óxi utiliza imagem do personagem com cachimbo desenhada por Ziraldo

Governo diz que usou Saci porque ele integra universo dos usuários; agente de cartunista vai pedir que imagem saia

REYNALDO TUROLLO JR.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Panfleto do governo paulista que alerta usuários de crack sobre os perigos da nova droga óxi utiliza uma imagem do personagem Saci, de cachimbo na boca, desenhada pelo cartunista Ziraldo.
O material começou a ser distribuído ontem no centro paulistano. Ao lado da imagem do Saci, há a frase "Nem tudo é o que parece...", aludindo à confusão que usuários fazem entre as drogas, vendidas em forma de pedra.
Os panfletos foram produzidos pela equipe do Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas, órgão da Secretaria da Saúde. Mil já foram distribuídos ontem.
De acordo com a psicóloga do órgão, Selma Setani, o material foi feito com base "nas experiências com usuários".
Consumidores de crack têm o costume de chamar uns aos outros de "sacizeiros".
"Apenas por esse motivo utilizou-se a figura no panfleto distribuído para alertar a população sobre o óxi. A figura foi baixada da internet e, por se tratar de imagem com direito autoral, a unidade deu o devido crédito", informou a Secretaria da Saúde.
Ziraldo desconhecia o contexto em que o desenho de seu Saci foi usado, segundo seu agente, Mario Gasparotti.
"O estúdio jamais liberaria um trabalho desses. Ziraldo nunca autorizaria o uso do Saci nesse contexto, fazendo essa relação [entre o cachimbo e o crack]", afirmou ele.
O agente disse que pedirá a retirada do Saci do material.
O governo informou que, se houver o pedido, vai retirar o desenho dos panfletos.
"A associação é infeliz, pois o Saci é uma figura simpática", afirma o historiador Jaime Pinsky sobre o personagem do folclore brasileiro.
Questionada sobre a eficácia do material, a psicóloga Selma admite que o panfleto não consegue -nem pretende- sensibilizar usuários para que abandonem as drogas.
"É só para alertar do risco que estão correndo consumindo óxi sem saber", diz.
Para o coordenador do Grupo de Estudos do Álcool e Drogas da USP, Arthur Guerra, "a secretaria tem de informar, que é a função dela, mas tem de saber atingir o público-alvo, onde ele está e com a linguagem dele", diz.
Ontem, cerca de 300 usuários de crack lotaram a praça Julio Prestes, no centro, após dois prédios que eram usados por eles para consumir a droga serem lacrados. Lá, o panfleto não foi distribuído.

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Colaborou GIBA BERGAMIM JR.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Não se pode discriminar e dizer "não" a uma criança portadora de síndrome de Down / WWW.UOL.COM.BR

A Justiça condenou o Taubaté Shopping, centro de compras localizado em Taubaté, a 130 km de São Paulo, a pagar uma indenização de R$ 40 mil a uma família por ter repreendido e recomendado uma criança de 6 anos, portadora de síndrome de Down, a não brincar no parque Criança Mania, empresa locatária dos serviços.

O caso aconteceu em maio deste ano e foi levado à Justiça pela família da menina Andressa. A sentença saiu ontem (26), como preconceituosa e discriminatória em primeira instância, com a aprovação do promotor da Vara da Infância e da Juventude de Taubaté, Antônio Carlos Ozório. Ainda cabe o recurso. Em nota oficial ao UOL Notícias, a administração do shopping informou na tarde desta sexta-feira (27) que recorrerá.

“Entrei com processo para provar que eles estão errados oferecendo este tipo de tratamento aos clientes. Não se pode discriminar e dizer ‘não’ a uma criança portadora de síndrome de Down. É um desrespeito são só contra minha filha e toda a família, mas com a sociedade”, disse a dona de casa Nadir Aparecida Silva, mãe de Andressa.


Segundo ela, o caso começou há um ano, quando levou a pequena Andressa para brincar na piscina de bolinha do parque de diversão do shopping. O local é administrado pela empresa Criança Mania. Na época, logo após o término do tempo da brincadeira, uma funcionária teria orientado Nadir a não levá-la mais para frequentar a piscina de bolinha por ter síndrome de Down.

“Ela disse que as pessoas tinham preconceito e, por isso, não poderia deixá-la brincar com outras crianças. Fiz uma reclamação por escrito depois de ouvir que havia clientes que também teriam preconceito. Um dia depois recebi a ligação da administração do shopping dizendo que não poderia levá-la mais, pois não ofereciam brinquedos especiais para ela.”

Na mesma semana, a família de Nadir entrou na Justiça contra o shopping e a Vara da Infância e da Juventude apontou entendeu que há despreparo dos funcionários tanto do centro de compras quanto da empresa locatária, segundo o promotor Antônio Carlos Ozório.

“É uma lição e serve como aviso para que esse tipo de conduta não ocorra em nenhum lugar. É uma falta de respeito. A sociedade tem de aceitar a diversidade e não excluir as pessoas na vida social, familiar e escolar. A defesa só ‘bateu’ na tecla que advertiram os pais”, disse.

Outro lado

Em nota oficial, o Shopping Taubaté informou "que o processo trata o centro de compras como se fora agente de discriminação e preconceito contra criança portadora de síndrome de Down, o que efetivamente não ocorreu. A piscina de bolinhas é um espaço locado, ou seja, as pessoas que ali trabalham são funcionárias da locatária Criança Mania, não do shopping".

A nota informa que o shopping recorrerá da sentença e ressalta "que o Taubaté Shopping é um espaço público, de caráter absolutamente democrático, que congrega todo tipo de convivência social, onde são benvindas todas as pessoas, independentemente de sua condição econômica ou mesmo de sua opção religiosa, política, social ou de qualquer outra natureza".

Após bullying, menino vai ter que lavar louça e pátio de escola no MS / FOLHA, 27 DE MAIO

O adolescente de 13 anos que foi flagrado extorquindo dinheiro de um colega de escola, em Campo Grande (MS), terá que limpar o pátio e lavar as louças da merenda do colégio por três meses. A punição foi determinada nesta sexta-feira pelo titular da 27º Promotoria da Infância e Juventude do município, Sérgio Harfouche.

"O menino se mostrou arrependido. Essa medida é uma oportunidade para ele aprender a não realizar novos atos como este, o que não aconteceria em uma Unei [Unidade Educacional de Internação", afirmou o promotor.

Além das atividades no colégio, a punição prevê que o adolescente deverá participar de um curso sobre bullying. As penalidades serão aplicadas a partir de segunda-feira (30).

De acordo com o promotor, a adoção dos "castigos" no lugar de medidas sócioeducativas faz parte do Proceve (programa contra violência e evasão escolar), em ação no município há dois anos.

"O programa oferece aos jovens a chance deles mostrarem que não vão voltar a cometer os mesmos problemas. Se o autor voltar a ter esta atitude, vou ser obrigado a pedir a sua internação", disse Harfouche.

O dinheiro retirado do colega durante um ano --cerca de R$ 500-- será pago pela mãe do autor aos aos pais da vítima.

CASO

As ameaças começaram na 7ª série, quando os dois alunos ainda estudavam juntos. De acordo com a delegada Aline Sinnott Lopes, responsável pelo caso, o suposto agressor começou a extorquir o garoto e a ameaçá-lo ao perceber que ele era mais 'frágil'. Primeiro, ele obrigava a vítima a fazer suas tarefas escolares. Depois, a pagar lanches na escola. Em seguida, o colega começou a exigir dinheiro do garoto.

As extorsões --de R$ 50 a R$ 90 por vez-- continuaram mesmo após o agressor pedir transferência de escola, no final do ano passado.

As ameaças foram comprovadas após a polícia ter acesso a ligações telefônicas entre os dois meninos. Segundo a delegada Lopes, a vítima pegava dinheiro escondido da família para repassar ao outro adolescente. Em uma das ligações, ele diz que vai 'arrebentá-lo' caso ele não dê o valor pedido.

Em depoimento à polícia, o adolescente confessou ter recebido dinheiro do menino, mas em valor menor que o informado pela vítima. Ele disse que bateu no garoto apenas uma vez, na metade do ano passado. De acordo com Lopes, o adolescente ficou nervoso e chegou a urinar ao encontrar a polícia, que acompanhou um dos momentos em que ele recebia o dinheiro.

Outros dois meninos da mesma idade também são suspeitos de tentar extorquir o garoto e estão sendo investigados. Um deles é colega da vítima.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

"Beijo de Mônica e Cebolinha pela primeira vez" / WWW.UOL.COM.BR









Mônica e Cebolinha em seu primeiro beijo na capa de uma revista em quadrinhos. É assim que Maurício de Sousa apresenta a edição número 34 da Turma da Mônica Jovem "Quer Namorar Comigo?", em que conta aventuras amorosas de Mônica, Magali, Cebolinha e Cascão na adolescência.

Nesta sexta-feira (27), as bancas de todo o país recebem exemplares do quadrinho produzido no estilo mangá. A proposta é aproximar a vida dos personagens ao que os leitores teens vivenciam no dia-a-dia. A série Turma da Mônica Jovem surgiu em agosto de 2008 e é distribuída pela Panini.

Vídeo que a presidente Dilma veto por pressão aos religiosos

Câmara aprova proibição de venda de armas de brinquedo / WWW.CAMARA.GOV.BR

Medida semelhante já está prevista no Estatuto do Desarmamento.




David Ribeiro

Sandra Rosado recomendou a aprovação da proposta.A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou na terça-feira (24) o Projeto de Lei 4479/04, do deputado Enio Bacci (PDT-RS), que proíbe a venda de armas de brinquedo. A proposta altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8.069/90).

O texto foi aprovado com emenda da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado que restringe a proibição aos brinquedos que são simulacros ou réplicas de armas de fogo verdadeiras.

A proposta foi aprovada em caráter conclusivo na CCJ. Ela já havia sido aprovada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e, agora, será encaminhada para o Senado.

O ECA proíbe a venda, a crianças, de armas de fogo verdadeiras, bebidas alcoólicas, produtos que possam causar dependência física ou psíquica e fogos de artifício, mas não menciona a comercialização de munições e armas de brinquedo.

Desarmamento
Já o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03) proíbe a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir. O estatuto, no entanto, não prevê punições para quem descumprir a norma.

A relatora da proposta na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, deputada Sandra Rosado (PSB-RN), recomendou a aprovação do projeto. A comissão analisou apenas os aspectos de adequação legislativa e a constitucionalidade da proposta








È compreensível essa lei, a meu ver se queremos uma sociedade que pensa num mundo "evoluído" é importante alinhar não somente o crescimento econômico do país para dizer que estamos melhorando e indo para o patamar de países evoluídos, mas além disso recomendo olhar de maneira quase que simultânea na concepção de moralidade, o que estamos fazendo para a cidadania nacional? desse modo, acredito que crescer em termos materiais e não educar corretamente um povo é deixar um terreno pronto para qualquer crise que possa acontecer e descontrolar a população.
Como o caso de realengo, de alguma maneira aquele jovem sofreu bastante nas suas relações socias e o estado não foi capaz de perceber seus distúrbios ou o que exatamente ele teve, ou seja a causa daquela trajédia. Assim é bom ensinarmos os jovens desde cedo o lado bom da vida, que não é necessariamente ter uma arma de brinquedo, mesmo porque temos várias formas de educar uma criança e fazer ela se divertir, porém em tempos de "twitter,orkut,msn, programas que baixam músicas como napster,atube, é necessário uma maior aproximação principalmente na fase da infância onde nossa mente está fértil e todas as propagandas, jogos, podem tornar um fascínio aos olhos dos pequenos. Bom acho que é isso um grande abraço leitores!!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Campanha da academia Gracie contra o bullying





Essa campanha da família Gracie é interessante pois temos que observar que luta é um esporte e se bem ensinado como a disciplina de qualquer esporte ti dá, isto é, aquela que realmente compreende o que é vencer, perder, ser um guerreiro é interessante na minha opnião na formação das crianças. Eu mesmo cheguei a fazer dois tipos de lutas diferentes na escola e na vizinhança mesmo, mas sempre gostei mais de futebol, aliás sempre gostei de tudo e acho que por isso estou na área de publicidade. Aprendi um pouco de capoeira e karate apesar de não existir estudos quanto a utilização de lutas marciais contra o bullying vejo que no mundo de hoje é necessário o indivíduo seja ele criança ou não saber se defender. Nós temos que ter um limite, não podemos tolerar tudo e é por isso que o esporte pode ti dar esse alcance, até onde você pode se defender, como e até mesmo melhorando sua auto estima que é muito importante. Abraços leitores!

terça-feira, 24 de maio de 2011

"As crianças de 4 anos valorizam a magreza" / WWW.UOL.COM.BR

Crianças de 4 anos já valorizam a magreza

Aos quatro anos de idade, crianças já absorveram o conceito de que a magreza é sinônimo de beleza. Um estudo australiano entrevistou 160 crianças, pedindo que elas observassem imagens de corpos femininos e os classificassem de acordo com o quão atraentes eles eram.
 Os pesquisadores mostraram seis imagens de uma mesma mulher que, de acordo com seu índice de massa corporal, tinha peso normal. Em cinco fotos, a imagem havia sido alterada para fazer a mulher parecer mais magra ou mais gorda. A foto que foi votada pelas crianças como a mais bela era uma versão significativamente mais magra da imagem não alterada - que foi marcada como o corpo mais normal.
Para os cientistas, essa preferência pela magreza em crianças é causada pela exposição à mídia, que transmite esses valores aos seus telespectadores. À medida que essas crianças ficarem mais velhas, elas se encantarão mais com a magreza, o que pode levar ao desenvolvimento de distúrbios alimentares e também de preconceito contra pessoas acima do peso.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Publicidade nas escolas o que acham leitores? / FOLHA DE SÃO PAULO, 23 DE MAIO.

Segundo Datafolha, 42% dos entrevistados com nível superior e 45% das classes A/B concordam com a prática

Para especialista, pais mais pobres ficam incomodados por não poderem ceder a apelos de consumo dos filhos



PATRÍCIA GOMES
DE SÃO PAULO


Distribuir folhetos e brindes dentro das escolas, vender produtos com o aval de diretores nas salas de aula.
Quanto maior escolaridade e renda, mais tolerância a esse tipo de ação publicitária, revela pesquisa Datafolha realizada em todo o país com 2.061 pessoas.
Segundo a pesquisa, feita a pedido do Instituto Alana, ONG que combate a publicidade voltada para crianças, 42% dos entrevistados com nível superior e 45% das classes A/B concordam com a prática. No total, porém, só 39% são favoráveis a esse tipo de abordagem, contra os 56% que são contrários.
Assim, quanto mais pobre, maior a tendência de discordar da publicidade.
Para Isabella Henriques, coordenadora do projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, um motivo para essa resistência é o fato de os pais com menor poder aquisitivo ficarem mais incomodados em não poder ceder aos apelos dos filhos.
Marilene Proença, do Conselho Federal de Psicologia, concorda. "Os que têm mais acesso ao consumo talvez nunca tenham visto [a propaganda] como um problema."
O segundo motivo mais citado entre os que concordam com a propaganda é "poder conhecer e experimentar novos produtos", argumento que, segundo Henriques, está ligado ao consumismo.
Para ela, as ações são prejudiciais às crianças porque não entendem o caráter persuasivo da mensagem. Para piorar, diz, quando a ação ocorre na escola, tem a chancela dos professores.


LEGISLAÇÃO
Apesar de reprovada pela maioria dos entrevistados, a publicidade em escolas não é proibida na legislação.
Na semana passada, voltou a ser discutido no Congresso projeto de lei que restringe propaganda voltada ao público infantil, mas, por enquanto, o texto não prevê vetos em ambiente escolar.
O Simeesp, sindicato das escolas particulares de São Paulo, diz que não dá nenhuma orientação sobre permitir ou não ações publicitárias.
A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo diz que esse tipo de ação é proibida nas escolas da rede. Na Secretaria Estadual, não há uma proibição, e cada caso é avaliado em particular.



Olha para mim a propaganda de produtos fora da escola ja faz um efeito social tão grande no convívio dos alunos, na maneira deles converssarem, brincarem e nas percepções das suas realidades que acho necessário ter uma lei para proibir propagandas em estabelecimentos que visa a educação de ensino fundamental. È bom lembrar que no Brasil não temos nehuma lei que proteja as crianças, enquanto em outros países como a Noruega cuja nossa escritora e psicóloga Susan Linn cita no seu livro "Criança do Consumo: a infância roubada" é repreendido a veiculação de peças publicitárias a menores de 10 anos de idade. Estamos falando aqui de um país que ja foi eleito como melhor índice de qualidade de vida, o (IDH). No texto acima como foi falado teve discursões sobre um projeto de lei que restringe a propaganda infantil, vejo que isso é um bom começo, mas temos que ficar atento, nós sociedade civil, as Ongs, a câmera dos deputados, os intelectuais e profissionais da área de publicidade como eu estamos lidando com um assunto delicado e que exige muito esforço e conhecimento para a decisão certa, pois o (Conar) que é o conselho nacional de autoregulamentação publicitária e que é um dos desfavoráveis a essa proposta é um agente poderoso pois veja temos que entender que o (Conar) defende os grandes anunciantes, ou seja os empresários assim existe muita politicagem atrás disso como por exemplo quando os executivos queriam que a proposta que limitava propagandas de cerveja fosse aceita, teve muita denúncia de lobby entre as empresas e o congresso federal. Empresas como Ambev, Schin Cariol, Brahma,Skol, saiu na folha de São Paulo que eles deram dinheiro aos políticos, dessa forma senhores consumidores, temos que estar atentos a esses tipos de falcratuas. Um grande abraço!

domingo, 22 de maio de 2011

Nem transitar com ar condicionado provoca tanta variação como o horário de pico /FOLHA 22 DE MAIO

FELIPE NÓBREGA
DE SÃO PAULO

Se não bastasse uma frota de 7 milhões de veículos, a capital paulista ainda emplaca mil novos carros por dia. O resultado? Ruas entupidas e trânsito cada vez mais lento. O pior cenário ocorre no pico da tarde, quando o anda e para dos carros faz a velocidade média cair pela metade: 15 km/h, calcula a CET.
Além do cansaço físico causado pelas manobras, o motorista "engarrafado" ainda arca com um aumento considerável no consumo de combustível do carro.
À pedido da Folha, o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) mediu a variação do gasto de gasolina de um modelo "popular" em trajeto de trânsito normal e intenso.
Com pista livre, o Uno (1.0) cedido para o teste percorreu 14 km/l. No rush, o consumo cresceu 39%: 10,1 km/l. Pelos testes, nem transitar com o ar ligado ou com o carro carregado provoca tanta variação.
O assistente técnico da Fiat, Ricardo Dilser, explica que o momento de por o carro em movimento é quando o motor realiza mais esforço. "Já automáticos, pela mecânica, gastam até 8% mais." Uma teoria curiosa sobre a causa do anda e para nos engarrafamentos é a da onda invisível ""quando não há motivo lógico para a inconstância. Ocorre quando o carro da frente diminui a velocidade, levando o de trás a reduzir ainda mais o ritmo. Nesse efeito cascata, chega o ponto em que alguém, lá no fundo, para por completo.

sábado, 21 de maio de 2011

Muniz Sodré falando um pouco de "desvios de linguagem" / WWW.OBSERVATORIODAIMPRENSA.COM.BR

Por Muniz Sodré em 17/5/2011
A diferença entre fato social e acontecimento jornalístico (ou "notícia") pode ser muito relevante na observação da imprensa, em especial quando se busca a correta apreensão sensível do que está por trás das manchetes. É certo que a notícia – a mercadoria principal da atividade jornalística nos últimos dois séculos – vem sendo bastante modificada, em suas definições profissionais clássicas, pela diversificação dos interesses e dos públicos característicos da internet. Ainda assim, o horizonte cognitivo do jornalismo – melhor, do bom jornalismo – é o conhecimento do fato.
No fato, os acontecimentos estão simultaneamente relacionados, como se fossem um "estado de coisas", ou seja, uma conexão entre pessoas ou entre objetos. Assim, o que acontece no jornal (o relato de um caso ou "notícia") é tornado possível pela existência desses "estados", que se evidenciam à lógica do observador. Nesta linha de raciocínio, são os fatos que tornam as proposições verdadeiras ou falsas.
A informação jornalística parte de objetos primariamente tidos como factuais, para obter, por intermédio do caso-acontecimento-notícia, alguma clareza sobre o fato sócio-histórico. Não raro, notícias editorialmente diferentes pertencem ao mesmo campo cognitivo do fato social.
É o que se dá com duas notícias separadas no noticiário da semana passada. Pela primeira se fica sabendo que o Ministério da Educação distribuiu milhares de cartilhas às escolas com a recomendação de tolerância para os desvios de linguagem do tipo "os livro" ou "nós pega o peixe". Pela segunda, toma-se conhecimento de que o mesmo ministério estaria preparando outra cartilha para ensinar às crianças que é natural a relação homoafetiva.
Práticas heterogêneas
Por trás das duas notícias, aparentemente diversas, se encontra um mesmo fato histórico relativo à transformação de costumes e relações sociais. Para vários teóricos da educação – um deles é Istvan Mészaros, bastante conhecido pelos pedagogos brasileiros – a mudança dos dispositivos formais da educação deveria ser isomórfica com a transformação social. Diz Mészáros: "O que precisa ser confrontado e alterado fundamentalmente é todo o sistema de internalização, com todas as suas dimensões, visíveis e ocultas".
Em outras palavras, os jovens devem incorporar imediatamente todas as verdades consensuais do momento social. Por isso, seria imperativo "substituir as formas onipresentes e profundamente enraizadas da internalização mistificadora".
Por outro lado, o francês Étienne Balibar acrescenta um aspecto (geralmente pouco considerado nos debates educacionais) às reflexões de Mészaros. Refletindo sobre a importância contemporânea da escolarização e da família, ele vai além do argumento centrado no lugar funcional que elas assumem na reprodução da força de trabalho, sugerindo que a importância das duas instituições reside no fato de que "elas subordinam essa reprodução à constituição de uma etnicidade fictícia, isto é, à articulação de uma comunidade lingüística e de uma comunidade de raça implícita nas políticas da população".
Para se resumir essas duas manifestações em termos de fato social, pode-se dizer que há todo um horizonte de mudanças institucionais atinentes às supostas "verdades" – relativas às formas lingüísticas e às relações de gênero e de "raça" – inculcadas nas crianças pela pedagogia tradicional. Em sua diversidade, as citadas notícias jornalísticas reencontram-se, portanto, na unidade do fato sócio-histórico das mudanças.
Mas essa explicação não torna automaticamente pacífica a interpretação das notícias como decorrências "naturais" do fato. É verdade que há diferenças de classe social ao nível da utilização do idioma e que a normatização vernácula não deve servir de pretexto para a estigmatização da diversidade social, como ocorria no passado com o império beletrista dos bacharéis sobre as massas pouco alfabetizadas. Entretanto, é preciso determinar com cuidado a partir de que faixa etária é viável socializar os jovens com esse conhecimento da heterogeneidade das práticas de linguagem.
Refletir e discutir
O mesmo cuidado vale para as relações de gênero. É preciso não confundir a fase de socialização primária com a da individualização no processo educacional. A primeira lida com uma faixa etária ainda muito pouco madura (apesar dos alegados avanços da "revolução da informação") para a assimilação de toda a complexidade da formação sexual. É de formação mesmo que se trata, e isto deveria em princípio advir de uma mediação progressiva realizada pela família em conexão com um novo tipo de professor. A informação pura e simples da novidade incide menos conflituosamente sobre a fase da individualização, numa mentalidade já socializada.
Toda essa avalanche informativa sobre a infância corresponde ao que Jean Baudrillard, importante pensador da pós-modernidade, chamou de "obscenidade" no sentido radical da palavra, isto é, aquilo que se encena diante do olhar do outro, sem as devidas mediações.
Sob o ângulo de uma pedagogia responsável, é obscena toda essa exposição televisiva de lixo cultural reciclado ou de informações sobre o "novo" como se este, em si mesmo, representasse a modernidade. Não se trata de proibir, porque a censura tem implicações históricas inaceitáveis, e sim de ter clareza quanto ao caráter social daquilo que, sob as capas do fácil entretenimento, se comunica. A escola obriga-se a essa clareza.
Por isso, é no mínimo estranho que o Ministério da Educação, em meio à crise da escolarização, da formação docente (que é pífia) e da progressão do analfabetismo funcional (aquele em que o aluno lê, mas não compreende), se atire com toda essa pressa, midiaticamente, sobre novidades institucionais. O MEC é hoje muito mais uma plataforma político-eleitoral do que think-tank de políticas educacionais. Quando não esgrime tabelas ou estatísticas, o burocrata-pedagogo padece de cegueira conceitual e se mostra mais perdido do que cego em tiroteio, senão como um surfista desequilibrado na onda do que a mídia entroniza como novo. Pedagogicamente, vive a realidade do Jeca-Tatu, mas embalado ao som do cantador Xangai, que brinca: "Nós é jeca, mas é jóia..."
É o caso de se parar para refletir e discutir um pouco mais. Desse jeito, "nós pega o peixe", mas "nós paga o pato".

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O palhaço Ronald McDonald deve continuar? / FOLHA.COM, 20 DE MAIO

A McDonald's Corp rejeitou os pedidos de avaliação do impacto da sua comida sobre a obesidade infantil, e disse que a marca registrada do palhaço Ronald McDonald ainda vai vender muitos "McLanches Felizes" para as crianças nos próximos anos.

"Esta é uma questão de escolha e nós acreditamos no processo democrático", disse o executivo-chefe da empresa, Jim Skinner, durante reunião com seus acionistas sob uma onda de aplausos entusiasmados. "Trata-se do direito pessoal e individual de escolha."
Os acionistas da maior cadeia de fast food do mundo rejeitaram a proposta que exigiu um relatório sobre o papel da rede na epidemia de obesidade infantil, dizendo que os clientes eram livres para fazer suas próprias escolhas alimentares.
"Ronald McDonald é um embaixador a serviço do bem e não vai a lugar nenhum", disse Skinner com firmeza.
Entre os dissidentes na reunião estava Donald Zeigler, diretor da Prevenção e Estilo de Vida Saudável da Associação Médica Americana, que questionou quando a cadeia de lanchonetes vai parar de usar o palhaço para promover seus produtos.
Zeigler, que também é professor da Rush University Medical Center, foi um dos 550 profissionais de saúde que assinou uma carta aberta ao McDonald's.
Na terça-feira (17), um grupo de vigilância colocou anúncios em jornais de todo o país, pedindo que o McDonald's pare de se promover por meio do palhaço, de brindes e de outras táticas.
Cerca de 17% das crianças e adolescentes são obesos, de acordo com CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA. O excesso de peso na infância aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2, colesterol alto, hipertensão e uma série de outras doenças.
O McDonald's é alvo de críticas há anos em razão de suas táticas de marketing e vendas do McLanche Feliz para crianças, que incluem brinquedos como estímulo.
A rede permite que os pais troquem o leite ou o suco por refrigerante, e também oferece maçãs fatiadas com molho de caramelo e nuggets de frango como alternativas para batatas fritas e hambúrgueres.
A cadeia de restaurantes tem opções mais saudáveis no cardápio, incluindo saladas e farinha de aveia, mas os críticos argumentam que ainda há muita gordura, sal e açúcar em suas refeições.
Mesmo a farinha de aveia, observou um crítico, contém quase a mesma quantidade de açúcar que uma barra de chocolate Snickers.
Skinner defendeu a estratégia do McDonald's, que resultou em pesadas vendas e lucros para os acionistas.
Mas, como apontam especialistas, crianças obesas com frequência se tornam adultos obesos, sobrecarregando o sistema de saúde inteiro.
Ironicamente, Miles White, presidente e executivo-chefe da farmacêutica Abbott Laboratories, é diretor do conselho do McDonald's desde 2009.
A Abbott faz uma ampla gama de medicamentos, incluindo estatinas para baixar o colesterol, e dispositivos médicos, como stents (dispositivos para dilatar vasos sanguíneos), usados em pacientes cardíacos com artérias obstruídas.



Dando aqui minha opnião, acho que ja passou da hora da maior rede de fast food do mundo se render ao novo rumo que nós jovens,adultos,idosos estamos querendo para o futuro. Um mundo que tenhamos mais lonjevidade proporcionada principalmente pela boa qualidade de vida e não ficar colocando entraves numa questão que ao meu ver só irá fazer o bem a humanidade.
           Diga-se de passagem meu caro leitor, como consta no Livro "Sociedade Midiatizada" de Dênis Moraes e também entre outros como "Criança do Consumo a infância roubada" de Susan Linn, o grupo Mc Donalds gasta 2 bilhões de dólares em propaganda, não têm se quer um dia que não temos anúncio dessa empresa, ai me explica, porque não se voltar mais financeiramente com um olhar social, de responsabilidade com a sociedade e dar um exemplo de cidadania aos milhões de consumidores que contrinbui para o crescimento exagerado da rede de fast food. Fico imaginando que no Brasil ja temos mais de 30% de crianças em sobrepeso, se não tomarmos conhecimento da gravidade que é a exposição das crianças as propagandas massivas do palhaço, os brindes do "Mc Lanche feliz" podemos chegar a estatísticas de saúde rica em diabéticos como mostra os médicos, por isso peço uma maior reflexão ao leitor, sociedade organizada, empresas e políticos do nosso Brasil o que queremos deixar de aprendizado aos nossos jovens?, a verdadeira felicidade ou aquela que termina porque o dinheiro acabou e não têm como mais comprar Big Mac?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Medo de ficar sozinho? as redes sociais ajudam a exarcebar / FOLHA, 18 DE MAIO.

Adams Carvalho (imagem)
LAURA CAPRIGLIONE DE SÃO PAULO

Sabe aquela situação em que você acaba de se separar, pensa que foi melhor assim, que vocês não se entendiam mesmo?... Aí, você se prepara para passar um fim de semana introspectivo, quieto. Para por as ideias no lugar, ver como levará a vida adiante sem aquele pedaço de você que foi embora. Tudo sem dramas, bem racional.
Então, o iPhone acende e solta aquele assobio que anuncia novidades. Mensagem fresquinha.
É quando você toma consciência de que os amigos com quem vocês dois passaram os melhores momentos juntos, bem, esses amigos foram para o outro lado.
Para piorar, enquanto você está sozinho, estão todos se divertindo juntos na sua casa de praia. A sua ex-cara metade festeja entre os mais alegres e nem faz questão de disfarçar aquele sorriso de idiota feliz. E eles postam centenas de fotos da festa, na maior sem-cerimônia. "Meu mundo caiu."

MENOS VOCÊ
Sempre se sofreu de solidão, de carência afetiva. Mas para uma turma cada vez maior, parece que o Facebook, com suas relações fechadas de amigos (só se entra mediante aceitação de alguém de dentro), aumentou a percepção de exclusão do pessoal "de fora".
Com o Twitter, o Flickr e o Instagram (de troca de imagens) somam-se bilhões de atualizações por dia.
Se, por um lado, isso produziu uma imensa montanha de textos, fotos, registros de áudio e informações acessíveis on-line a milhões de curiosos, voyeurs, inimigos e até amigos; por outro, serviu para jogar na sua cara as festas, os programas legais e as reuniões em que todo mundo está se divertindo demais. Menos você.
Ninguém precisa mais de fofoca para saber que não foi convidado para uma comemoração. Está tudo nas redes sociais. É só querer achar.
Os americanos, que são bons nisso, já deram nome para o fenômeno. Chama-se "Fear of Missing Out".
Eles já falam apenas Fomo, e todo mundo entende, de tão íntimos que ficaram do conceito (o Google tem 1.030.000 entradas para a expressão). Aqui, pode-se traduzir como "medo de ficar de fora, de estar perdendo algo." Quem já entrou numa rede social sabe bem o que é essa sensação.

EDIR MACEDO MOSTRA AS GARRAS / WWW.UOL.COM.BR, 18 DE MAIO.

 Escrito por Nelson de Sá ás  09h26

Ontem, a coluna Mônica Bergamo noticiou encontro de Marcelo Crivella, bispo da Igreja Universal e sobrinho de Edir Macedo, com outros senadores "para discutir texto alternativo ao projeto que criminaliza a "homofobia" e que, dizem eles, "não tem chance".
E o Radar de Lauro Jardim destacou que o blog de Edir Macedo, dono da Record, publicou o post "meus filhos não vão virar gays", contra as cartilhas que o Ministério da Educação vai distribuir no segundo semestre, para debater a questão homossexual. Do suposto "obreiro anônimo":
É meu, somente meu, o direito de não desejar um filho gay! A Constituição me garante. Imagine esta cena: Seu filho chega à escola e, em plena sala de aula, a professora inicia uma nova lição que é debater um vídeo em que duas lésbicas falam sobre como é bom ser homossexual. E mais: nos livros didáticos, a professora lê, com seu filho, histórias com famílias gays, histórias de homens e mulheres bissexuais, transexuais e travestis. 
À noite, a escalada de manchetes do "Jornal da Record" destacou que "Pais reclamam de cartilha do Ministério da Educação. Eles acham que o material incentiva a homossexualidade entre adolescentes".
A apresentadora Janine Borba fala em pais indignados, psicólogos preocupados e muita reclamação nas ruas do Brasil". Segundo o apresentador Celso Freitas, "é o que o Ministério da Educação conseguiu desde que anunciou a distribuição de cartilhas nas escolas".
E a repórter Renata Varandas anuncia "o medo de que esse material incentive crianças e adolescentes a adotarem uma postura homossexual".
Ricardo Feltrin informou que, "pela primeira vez desde que começou a medição de audiência, a Record derrotou a Globo em todos os programas matinais e fechou a manhã, das 6h à 12h, em primeiro lugar", ontem.
Por outro lado, Keila Jimenez informa que a novela "Insensato Coração", da Globo, "bateu record anteontem", com 41 pontos de audiência.

domingo, 15 de maio de 2011

Não quer mais seus tennis velhos?? olha as trocas feitas nos blogs que legal / folha 15 de Maio.

Compra e troca de usado viram mania em sites e blogs

Brasileiros oferecem na internet tudo aquilo que não querem mais; escambo virtual fomenta e-commerce


Iniciativa é forma de economizar e até de ganhar um dinheiro extra; as opções vão de roupas e objetos a livros

PAOLA CARVALHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A roupa que não serve mais, os patins que ficaram para trás junto com a infância, o livro que virou suporte para o computador, o sofá que não cabe na casa nova. Tudo o que você não quer mais pode virar dinheiro em blogs e sites pessoais. Os e-consumidores ganham força na internet em duas formas: na venda do usado ou na troca dele.
A advogada paulista Paula Carvalho, 41, com o armário lotado de roupas de grife, comprou um manequim. Tirou fotos dele com as peças que não queria mais e divulgou na internet. Assim nasceu o useieenjoei.com.br.
"Muita gente tem alguma coisa em casa que comprou e encostou. O site dá a essas pessoas a oportunidade de se redimir desses equívocos. De se livrar de algo que está encostado e ainda ganhar algum dinheiro", diz.
O diário virtual de Paula é um de muitos disponíveis on-line. Ainda não há levantamento sobre esse nicho, considerado informal. Uma rápida pesquisa, contudo, mostra uma longa lista deles.

BEBÊS
Faz parte desse rol o blog da publicitária de Porto Alegre Cristina Teke, 35, mãe de Martina, de quase 4 anos: bazardasmamaes.blogspot.com. "Reparei o quanto minha filha crescia e acabava usando muito pouco o que tinha. Montei o blog para vender e trocar com outras mães", afirma.
Segundo ela, as vendas não geram lucro. O objetivo principal é evitar o desperdício. "Há um tempo a maioria das pessoas associava a palavra brechó a itens velhos, sujos e de baixa qualidade. Hoje, vejo uma procura grande por esse tipo de consumo mais consciente".
Para amenizar os gastos com educação, o estudante de doutorado de Belo Horizonte Samur Araújo, 32, criou o livralivros.com.br.
É um site onde qualquer um pode trocar livros. A única despesa é com o frete.
O processo é simples. A pessoa monta uma lista de livros que quer trocar e divulga no site. Qualquer usuário pode solicitar uma opção dessa lista. E, quando ele recebe a obra pelo Correio, o fornecedor ganha um ponto. O ponto dá à ela o direito de requerer outro livro do site.
"Fiz com a intenção de trocar os meus livros. Mas já são mais de 12 mil pessoas cadastradas e mais de 28 mil trocas feitas. A troca desperta o hábito de não consumir", diz.
Depois que a publicitária de Florianópolis Débora Queda, 40, passou a fazer negócio por meio do nosotaodatiatinha.blogspot.com, seu hábito de consumo mudou. "Descobri um universo de consumo muito interessante, o de produtos de segunda mão. Acho que isso tende a crescer, pois está alinhado com novos pensamentos mais ecológicos."

FOLHA.com

sábado, 14 de maio de 2011

Qual o limite para o consumo de brinquedos aos adolescentes? / WWW.UOL.COM.BR

O garoto Ben Caulkins, de 15 anos, se superou nas loucuras que fãs podem fazer. Não, ele não se atirou no palco de nenhum artista... Ben é fã de um jogo de computador chamado "Halo" e fez sua própria réplica da armadura usada pelo personagem principal Master Chief.
Até aí, qualquer fã da Disney poderia costurar uma fantasia de uma das princesas. A diferença é que Caulkins fez a sua com pecinhas de Lego.
Segundo reporta o "Daily Mail", outra motivação de Ben foi a participação na convenção da Lego, em Chicago (EUA). Ele gastou cerca de US$ 1.000 (R$ 1.630) e demorou cerca de seis meses para fazer a armadura.
A armadura é flexível e permite que Ben caminhe orgulhosamente com sua criação.
O garoto mora em Nova York e tem agora um público online fiel que interage com ele após documentar o processo de criação em seu perfil do Flickr.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Apresentação do autor do blog para o mercado capixaba.

Deixa eu me apresentar ne, depois de chegar na reta final da faculdade, 7º período, vejo a necessidade de me aproximar mais com o mercado de publicidade e propaganda com esse protótipo de cartão de visita para 2012. Percebi que nesses quases 4 anos de faculdade a importância no mundo contemporâneo das empresas terem profissionais aptos, capacitados a orientar nas suas missões e visões empresariais. Assim sendo, meu TCC para a conclusão do curso de comunicação social com habilitação e publicidade é " Como os Desenhos Animados afetam os Consumos de Brinquedos das crianças de 6 a 12 anos de idade do Bairro Parque Moscoso" pois me vejo na posição de compreender um dos públicos mais cobiçados pelo marketing porém sem levar as vezes em conta a responsabilidade social para lidar com seres que ainda não se formaram por completo e estão em processos de grande aprendizagem na construção de sua tragetória de vida.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Um boneco nazista de 800 reais apologia ao nazismo? / FOLHA DE SÃO PAULO 2 DE MAIO.

Loja vende boneco de nazista por R$ 800 e causa polêmica

DE SÃO PAULO

Bonecos articulados, com mudas de roupas e acessórios personalizados são comuns em lojas de todo o país.
Mas um trio em especial, à venda numa loja na rua da Consolação, centro de São Paulo, chamou a atenção por um diferencial polêmico: ser a representação fiel de Hitler e de dois outros oficiais da Alemanha nazista.
À venda no aniversário da morte de Hitler, dia 30 de abril, o que mais chamava a atenção era o boneco de Heinrich Himmler, chefe da polícia e figura-chave na organização do Holocausto.
Muito detalhado e realista, Himmler vem numa caixa com outras gravatas, um uniforme adicional e sapatos extras para serem combinados.
Os bonecos incomodaram a comunidade judaica. Alberto Zacharias Toron, advogado criminalista, diz que irá se colocar "à disposição da Associação Israelita para tomar as providências legais cabíveis para se apurar o crime de instigação racista, previsto em lei".
O dono da loja, Rodolfo Pranaitis, 24, formado em educação física, afirma que os produtos "são apenas a representação de figuras históricas". "Na própria caixa está escrito que é apenas um boneco e que não há a intenção de ofender as pessoas ou apoiar os crimes cometidos durante a guerra."
Ele diz ainda que não pretende tirar os bonecos da loja.
Himmler sai pela bagatela de R$ 799. Já Hitler, menos personalizável (não é possível trocar os sapatos ou a calça do ditador), custa R$ 599.
A loja conta ainda com bonecos de super-heróis e personagens de filmes.
Após analisar as fotos dos bonecos feitas pela reportagem, a Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), da Polícia Civil, informou que irá avaliar se a venda deles representa ou não algum tipo de apologia ao nazismo.

Veja o que a indústria de cigarro fez com drogas emagrecedoras FOLHA DE SÃO PAULO 2 DE MAIO

MAGREZA QUÍMICA: Pesquisa mostra como a indústria adicionou elementos químicos para que o cigarro reduzisse o apetite

MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO

Seis das maiores fabricantes de cigarro do mundo usaram ou fizeram planos de usar aditivos químicos em seus produtos para reduzir o apetite, de acordo com uma pesquisa feita por médicos da Universidade de Lausanne, na Suíça.
Os documentos citam o uso de anfetamina, efedrina, gás do riso e ácido tartárico, entre outras substâncias.
Anfetamina e efedrina são conhecidos redutores de apetite. Gás do riso suprime a fome ao alterar o sabor dos alimentos, segundo os autores. Ácido tartárico reduz a fome ao ressecar a boca. A pesquisa foi publicada na última edição do "The European Journal of Public Health", editado pela Universidade de Oxford.
A prática durou pelo menos 50 anos, de 1949 a 1999, ainda de acordo com o grupo de pesquisadores. O levantamento foi feito em documentos da própria indústria do cigarro. Os papéis se tornaram públicos por conta de uma ação dos EUA na qual as empresas foram condenadas por terem omitido os males provocados pelo fumo por 40 anos.
A ação resultou na maior indenização da história (cerca de US$ 220 bilhões ou R$ 346 bilhões) e na abertura de todos os documentos da indústria, por ordem judicial.

MULHERES
A vantagem do supressor de apetite para a indústria é que ele amplia uma característica do cigarro: a capacidade de reduzir a fome.
A estratégia deu certo: até hoje, muitas mulheres dizem que não vão parar de fumar porque engordariam. Não dá para saber se a prática continua, segundo Semira Gonseth, uma das autoras do trabalho.
"Precisamos de mais estudos químicos sobre os ingredientes do cigarro ou de uma lei que obrigue a indústria a revelar o que ela usa", disse Gonseth à Folha.
"Essa descoberta dos moderadores de apetite mostra que a indústria nunca teve ética para nada. Ninguém sabe que efeitos colaterais esses supressores podem ter", diz a médica Vera Luísa da Costa e Silva, que dirigiu a seção mundial de controle de tabagismo da OMS (Organização Mundial da Saúde) e é uma das maiores autoridades em tabaco no mundo.

FUMAÇA E PESO
O cigarro ajuda naturalmente a controlar o peso porque a nicotina diminui a ação da insulina, reduzindo a entrada de glicose nas células.
O efeito disso é a diminuição na sensação de fome, afirma Costa e Silva. O adição do supressor de apetite potencializa essas características.
O plano de incluir aditivos que diminuem a fome, segundo os documentos, visava conquistar novos consumidores: as mulheres.
Um documento da Philip Morris de 1965 explicita essa tática: "Se fôssemos capazes de desenvolver um cigarro muito mais "seguro' do que os existentes [...] e que agisse como um supressor de apetite, descobriríamos um novo mercado de fumantes".
Projeto de desenvolvimento de um Marlboro mais fino, voltado para mulheres, cita como característica desejável a "supressão de apetite".
É da Philip Morris, líder mundial no mercado de cigarros e fabricante do Marlboro, a maior parte dos documentos com referência a moderadores de apetite encontrados pelos pesquisadores.

PIPOCA
Questionada pela Folha, a empresa diz que não usa esse tipo de aditivo, mas se recusou a comentar o passado.
Um projeto do Pall Mall, cigarro popular nos anos 70, cita como aditivos a cafeína e a efedrina. Uma molécula patenteada para reduzir o apetite, a 2-acetilpiridina, que dá um sabor de pipoca ao cigarro, foi usada pela BAT (British American Tobacco, dona da Souza Cruz), Philip Morris e outras duas fabricantes.
A empresa inglesa, que controla a Souza Cruz, também usou ácido tartárico em cigarros, de acordo com os pesquisadores. Esse ácido resseca a boca e foi proibido de ser adicionado ao tabaco pela Justiça dos Estados Unidos em 1977.