segunda-feira, 24 de julho de 2017

POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO



Boa noite, leitores!










Bom, como vocês ja sabem, meu nome é Tiago Soares Wand-Del-Rey, sou professor de sociologia e filosofia da escola Siena. Hoje eu venho falar do livro "Por uma outra globalização: do pensamento único a consciência universal."

É um livro de Milton Santos, ele era um geógrafo, que dava aula na USP.  Milton Santos, de uma maneira grandiosa, traz para nós informações importantes e também embasamentos para o nosso conhecimento.


Então, li esse livro mais de uma vez, como dizia meu ex professor de filosofia, na época que eu vazia publicidade, para dizer que você leu um livro, você tem que ler pelo menos 5 vezes. Dessa forma, me direciono a vocês jovens, de 15, 14 e 16 anos, que estão cursando o ensino médio. Esse mundo que vocês estão conhecendo e estão usufruindo é um mundo muito competitivo. Talvez está ai a primeira questão importante abordada por Milton Santos.


O mundo que vocês vão viver é um mundo de muita exigência, talvez, uma exigência que não é necessária e assim, por isso, é importante entender esse cenário, a complexidade do mundo requer um acompanhamento profundo de nós a respeito da sociedade que nós vivemos, requer mais do que isso, um direcionamento onde caminha a nossa sociedade, é exatamente uma tomada de consciência de que mundo queremos para as futuras crianças que vão nascer.

Milton Santos, na sua obra, nos traz uma discussão que é extremamente importante, antes ele nos cita, que três cidades, detêm quase que a totalidade da economia mundial, ele se refere a Japão, Alemanha e Estados Unidos, países que são conhecidos como países centrais.

Mas, sem mais rodeio, uma parte que achei essencial no livro é que, segundo o autor, a pobreza antigamente era visto como um problema de escassez, era segundo Milton Santos, a pobreza dos incluídos, após a inserção da revolução industrial, a era da informação, a tecnologia propriamente dita, Santos dirá que que a pobreza passa ser marginalizada, ou seja, vira uma doença, por isso entender o que é ser pobre, requer na gente, principalmente, nós que tivemos acesso as necessidades básicas, um maior envolvimento com que é "diferente" é aquilo, entender o outro exige, sair do seus preconceitos e no mundo onde a mídia nos passa um padrão de comportamento, das relações sociais, fica cada vez mais difícil compreender o que é diferente.

E a outra forma de pobreza, segundo o Santos, é dos excluídos, segundo o autor existe 800 milhões de pessoas que estão em condições miseráveis, 2 bilhões de pessoas vivem com menos de um dólar por dia, assim, a relação capitalismo e pobreza não é um acidente, mais sim, como estão fazendo a política, a economia, a saúde, o lazer, direitos estes que são colocados na nossa constituição, mas na prática, estão fora da realidade de muita gente.

Em resumo, Milton Santos, nos retrata bem como o capitalismo se sobrevive, com políticas que vem de fora para cima, fazendo uma política vertical, onde só os que detêm a hegemonia do globo deve prevalecer, enquanto a política de baixo, que horizontaliza as empresas locais, fica as margens, estão fora do cenário internacional.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

O QUE A ANTROPOLOGIA PODE NOS ENSINAR?





Boa noite galera!!








Bem, como vocês já sabem, meu nome é Tiago Soares Wand-Del-Rey, sou professor de sociologia e filosofia de ensino médio na Serra, dou aula desde 2014, penso que escolhi o que eu amo fazer, ser professor, isso é o que eu mais gosto.

É claro que não estou falando que é fácil ser professor, assim como outras profissões, ser professor tem as suas particularidades e seus níveis de exigência, que não são poucos, como repertório de conhecimento, habilidades em algumas áreas como a escrita, saber se colocar no lugar do outro, então requer também muito do indivíduo, a sua inclinação para algo.

Bem, mas o que a antropologia tem a ver com isso? olha, aparentemente parece que não tem a ver, mas na prática, disciplinas como sociologia, filosofia e antropologia pode nos ajudar a entender o mundo que nos cerca.

E essa é a questão, como diz Clóvis da Barros Filho, "Existir é insistir, na própria existência," se posicionar diante do mundo pode ser primordial para o esclarecimentos de nós mesmo, até mesmo como pessoa, como se conhecer. E segundo um dos maior pensadores que tivemos, Aristóteles, o conhecer é um desejo inerente ao homem.


Mas, como estava dizendo, lendo o livro "Antropologia Social" de Evans-Pritchard" ás técnicas da antropologia, de conhecer os povos pode ser fundamental para nós lidar com a diferença. Estava eu, (Tiago) conversando isso pessoalmente com o meu psiquiatra, outra coisa muito boa viu gente, terapia, consulta com psiquiatra vale a pena.


Ele confirmou, uma coisa que eu ja tinha na minha cabeça uma preocupação, a nossa sociedade, perguntei ao meu psiquiatra, é uma sociedade de Classe? como afirma nosso grande filósofo Karl Marx.

Ele, na mesma hora respondeu, "sim, temos muita dificuldade de conviver com que é diferente" e isso ne gente é somente uma análise que podemos fazer dentre tantas outras que existe no nosso mundo capitalista.


Assim sendo, penso que Malinovski, fundador da antropologia, quando ele pesquisou os povos trobiand da Melanésia, sabendo a língua nativa, entre 1914 a 1918, isso é uma riqueza de conhecimento muito grande, para aceitar o outro do jeito que ele é, não como a gente quer, ou como a mídia faz, com os estereótipos, de pessoas como os Gays, como se todos os Gays fossem, brincalhões, estereótipos de brasileiros, como se todo brasileiro fosse malandro, entre várias estereótipos que existem na nossa terra.


Assim, deixo esse tema para vocês, pensarem, como a antropologia pode ajudar vocês jovens de 15 anos de idade, que estão ingressando no ensino médio, e depois vão ter uma das maiores preocupações dos jovens que é saber o que de fato quer ser, qual profissão quer seguir.


Abraço!! gente até mais!!