domingo, 23 de março de 2014

CRITICA AO "MANHATTAN CONNECTION"



Boa noite leitores,

Não vou mentir, já tinha tempo que eu queria falar sobre o programa "Manhattan Connection" passado no canal pago da tv aberta Rede Globo, "Globo News".

Nós, brasileiros vivemos falando que queremos tirar a cultura americana do Brasil, que queremos mudar, ter o grito do nosso país, ''orgulho de ser brasileiro" como verdade, mas eis que fiquei me perguntando, eu que nasci na década de 1990, vivi e vi filmes campeões de bilheterias, filmes, diga-se de passagem, americanos, como "Titanic", "Parque dos Dinossauros", porque puxar tanto o saco assim do "american way of life?

Não basta sermos "globalizados americanos?" uma emissora de televisão, brasileira, está entre as quatros maiores do planeta, porque ter um programa escrito "Manhatann Connection" tudo bem que eles tem seus correspondentes vivendo em Nova Iorque, mas há uma necessidade de reverenciar tanto assim Nova Iorque? ou melhor os Estados Unidos.

Assim sendo, minha crítica é a essa cultura que é transmitido principalmente pelos canais abertos do Brasil e mais ainda pelos canais fechados, por isso meu alerta a todos os brasileirinhos, que estão ai crescendo e vivendo todo esse mundo do consumo, mais relacionados ao países do norte é verdade, que tenham se não for pedir muito, capacidade de discernimento, que não fiquem bitolados, hipnotizados por esse glamour que os americanos sempre souberam fazer muito bem.

Digo que vivi também muito isso, mas graças a Deus tive bons professores, grandes experiências que me deram criticidade sobre as coisas, dessa forma, entendo que tudo é você conhecer, mas fica essa dica, que se pelo menos você não concordar com minha opinião, que leia meu texto.

Assim, já fui em Nova Iorque, é claro que é uma cidade com muitas coisas legais, multicultural, interessantíssima de analisar, ver tantas culturas diferentes juntas, um grande centro financeiro dos Estados Unidos, mas não acho que mereça um programa no Brasil com o nome de um dos seus bairros mais famosos, acho que exalta demais um país, uma cidade, que convenhamos não chega a isso tudo.   

segunda-feira, 17 de março de 2014

E ESSE MERCADO LINGUÍSTICO COMO DIRIA PIERRE BOURDIEU ATÉ QUANDO ESTARÁ À VENDA?

Já há alguns dias estou vivenciando uma experiência que em pensamentos eu já sabia que iria gostar. Ser professor, sou professor da Escola Gomes Cardim, escola pública, apesar que ainda não em definitivo. Sou professor substituto. Hoje eu tenho uma realização pessoal alcançada, dar aula, mas mais do que isso, dar aula para alunos de escola pública, falo com muito orgulho, porque acho que são eles mesmos que mais precisam e quero se possível fazer com excelência o exercício dessa profissão.


 Pois quando me recordo do tempo que estudei, que também não tem tanto tempo assim, gostava muito principalmente dos professores. É claro que não precisamos ser hipócrita, talvez os alunos de escola pública não tenham essa mesma opinião, pois ser de escola pública já está subentendido pela nossa sociedade e principalmente pelos próprios alunos que "somos favelados" mas para essa "biopolítica" (guardem bem essa palavra) eu já tomei alguns antídotos, já li Bourdieu, Douglas Kellner, Baudrillard, Certeau, Lipovetsky, Stuart Hall, Antônio Negri, Michael Hardt dentre outros.


 Como diriam Antônio Negri e Michael Hardt mesmo fazendo as análises da pobreza extrema do nosso mundo, e se somassem as estatísticas, não chegaríamos ainda, a pobreza que não pode ser medida, a desigualdade sem fim, a desumanidade, a violência que é a verdadeira biopolítica. Falei isso só utilizando poucos autores, mas relacionando com um pai de família, junto com seu filho (ambos lavadores de carro) conversando eles me disseram confirmando: Tiago, a exclusão hoje é tão grande, que se um jovem vai procurar um emprego, mesmo o currículo sendo conferido de maneira correta, se o bairro onde ele mora for no subúrbio, ou melhor no morro, certamente ele será excluído.


 Bom, isso eu conversei hoje com o lavador de carro, agora e realmente esse preconceito, enraizado na nossa cultura, tive que concordar é uma desgraça. Senhores, esse mercado linguístico como diria Pierre Bourdieu, até quando estará à venda?