segunda-feira, 27 de maio de 2013

Palestra do Prof. PHD em Sociologia Patrício Langa de Moçambique.
















Boa noite leitores,


 Gostei demais da palestra hoje que teve na UFES, no anexo II do "Elefante Branco". O tema era sobre a institucionalização da Sociologia em Moçambique. Patrício nos mostrou um professor muito atento aos problemas sociais ocorridos na Àfrica e também uma pessoa bastante humana nos conflitos que as sociedades excluídas pela falta de acesso principalmente no que tange ao desenvolvimento pleno da educação mundial. 



 Filho de uma enfermeira ele mesmo admitiu que sempre foi cercado por livros, assim vindo de uma boa educação, conseguiu aflorar esse entusiasmo frente as questões políticas vivido pela África na década de 70 a 80 sem uma democracia consolidada, muitos africanos foram mortos infelizmente por causa da guerra, como ele mesmo citou um sociólogo que quando abriu o livro, a bomba explodiu.



 Mas o que mais me chocou durante toda a sua palestra foi uma frase que esse professor, PHD em Sociologia da educação em Moçambique disse: "Tem um ditado que se você quer ver a pobreza de uma país, basta contar o número de ONGS (Organização não Governamental)que esse país possui." Infelizmente meus amigos, temos ainda muito o que fazer nesse mundo, muitas crianças ainda estão sem educação, muitas pessoas estão sem casas, famílias passando fome durante um ano inteiro, questões como a violência urbana ainda é muito comum principalmente nas metrópoles que teoricamente carregam o posto de cidades modernas. 



 Uma questão interessante é que a sociologia na áfrica tem pouco tempo de existência, surge em 1995 com criações de movimentos sociais por todos os lugares. Na palestra tive a curiosidade, como publicitário que sou, perguntei como o professor via a questão da copa do mundo que ocorreu na África em 2010 e o que ele poderia dizer para nós como uma forma de modelo a ser seguido para que o Brasil possa trilhar como um exemplo de país no controle de gastos públicos, como é necessário pensar a esses mega eventos como são a "Copa do Mundo" e a "Olimpíada". 


 E o professor disse: sua pergunta é fácil, não sei. A verdade é que ninguém tem resposta para tudo, mas sem dúvida no pouco tempo que tive a oportunidade de ouvir o professor Patrício Langa PhD em Sociologia, eu conseguir aprender um tantão de coisa e o que é melhor da África, que poucos de nós sabemos de fato sobre esse continente com tanta diversidade, como ele mesmo disse, eles têm 17 línguas, vale lembrar que é um país que também sofre com a questão do consumo, das mercadorias estrangeiras, mas que também sabe preservar suas raízes, sem precisar de perder sua história.


 Mas Patrício foi enfático, a copa do mundo em seu país gastou um dinheiro que daria para acabar com todas as favelas existente na África e na verdade o que restou foram "10 Elefantes Brancos" esse é o nome que se dá aos estádios modernas e bilionários da África. Em suma, acho que a melhor reflexão para nós brasileiros é pensar antes do que fazer gastos absurdos diante da futilidade, isto é, comprar coisas que não são de fato necessárias para o país, seria a meu ver inpensável. Assim termino um boa noite a todos!!

terça-feira, 14 de maio de 2013

"PARA QUEM TEM FÉ" CONFIRA O CLIPE DA NOVA MÚSICA DO RAPPA E SUA ENTREVISTA Á ROLLING STONE / WWW.ROLLING STONE.UOL.COM.BR

Foram cinco anos sem músicas inéditas até esta terça, 14, quando O Rappa lançou “Anjos (Nunca Tem Fim)”, o primeiro single de um disco que chegará no dia 12 de agosto. Nos anos que sucederam o último álbum, 7 Vezes (2008), os integrantes permaneceram em um longo e cansativo período em turnê, tiraram férias, investiram em projetos paralelos – e passaram por muitas turbulências, que por pouco não comprometeram o futuro do grupo. Falcão, vocalista d’O Rappa, conta que essa música sintetiza, para eles, um momento de superação. “[O primeiro single] tinha que ser alguma coisa que emocionasse a gente, e que tivesse a ver com o momento que estávamos vivendo. Um momento de acreditar realmente que as coisas podem mudar”, explica Falcão à Rolling Stone Brasil. Apesar de refletir esse retrato atual, a faixa foi composta há cerca de três anos por Falcão, na casa dele. “Ela veio pronta, de coisas que aconteceram na minha vida nesses últimos quatro ou cinco anos. Amigos meus que tiveram doenças, câncer. Mas nunca foi levando nada disso para a tristeza, é sempre com um sorriso na cara e uma força gigante para batalhar.” O refrão, que tem o verso “Pra quem tem fé/ A vida nunca tem fim” chega a remeter a outro acontecimento que abalou Falcão recentemente – a morte de Chorão, amigo e vocalista do Charlie Brown Jr. “Ele faz parte das pessoas que, para mim, nunca irão morrer”, afirma ele, que teve ajuda do produtor Tom Saboia para finalizar a letra. Segundo o vocalista, os fãs d’O Rappa podem esperar um disco no qual, assim como nos outros cinco trabalhos de estúdio do quarteto, “há de tudo um pouco e você continua não sabendo se O Rappa é rock, se é reggae, se é isso, se é aquilo”. Serão entre 10 ou 12 músicas na tracklist – eles estudam a possibilidade de dar duas delas de presente aos fãs, mas ainda não decidiram como. Haverá também duas participações especiais brasileiras (uma mulher e um homem, que ele ainda não pode revelar) e outras internacionais. São canções que brotaram de um conflito, e que agora surgem para reafirmar a unidade d’O Rappa como banda. “Anjos (Nunca Tem Fim)” é uma das faixas que nasceram exatamente no turbilhão de um período sombrio na trajetória do grupo. “Pessoas, empresários se meteram no meio da gente. Chegamos a um momento que até a banda...”, diz Falcão, fazendo uma rara pausa durante a conversa. “Precisava ter uma conversa com o [guitarrista] Xandão, eu já estava quase numa vibe de fazer uma carreira solo. A gente estava tretado, mas era só uma questão de conversa.” “Algumas bandas sobem no palco fingindo. Eu não conseguiria subir no palco não falando com o Xandão. Eu nem queria que a banda voltasse – eu queria que a gente voltasse a ser amigo”, enfatiza o vocalista. Falcão vive o momento de se focar completamente n’O Rappa, mas os planos de uma carreira paralela à banda continuam. “Meu disco solo é uma experimentação de tantas outras que podem vir, ou pode ser uma coisa só. Pode até demorar para sair, mas eu tenho ele comigo”, revela, querendo, no entando, deixar claro que sua banda principal está em primeiro lugar. “Tudo que eu conquistei foi por causa do Rappa, e o melhor do Rappa é o que a gente ainda tem para mostrar.”

quarta-feira, 8 de maio de 2013

RAPAZ COM SÍINDROME DE DOWN CHEGA AO ENSINO MÉDIO SEM SABER LER E ESCREVER, E MÃE QUER REPROVAÇÃO / WWW.GAZETAONLINE.COM.BR

Fiorella Gomes | Gazeta Online


A dona de casa Lilian Maria Fávero, 43 anos, entrou com um pedido na Justiça para que o filho Rhanon Kaique Fávero, 19 anos, seja reprovado e volte ao início do ensino fundamental, se necessário. O menino, que tem Síndrome de Down, chegou ao ensino médio sem saber ler, escrever ou mesmo fazer contas básicas de matemática. Ele foi aluno da escola da rede pública municipal Artur Costa e Silva, localizada no Bairro República, em Vitória, desde a terceira série.

“Eles não ensinaram meu filho. Não teve ensino. Ele simplesmente passou esses anos todos dentro de uma sala de aula, com mais ou menos 30 alunos, em um canto, tentando copiar o que se passava em um quadro negro. Apenas isso. Não tinha atividades que justificassem a passagem dele para o ensino médio”, desabafa Lilian. 
Nos cadernos de avaliação de Rhanon, o que se observa são rabiscos, ao invés de palavras. Uma tentativa do estudante de acompanhar as aulas. Junto aos exercícios, as assinaturas de professores com observações como “ótimo”, que indicam que o aluno executou perfeitamente a atividade.
 
“Isso para mim não é valido. Meu filho não é um bonequinho. Ao meu ver ele é uma criança normal como qualquer outra. Com limitações, é verdade. Mas eu não quero mito, quero realidade para a vida dele”, afirma a mãe. 
A mulher afirma que o estudante passou por uma situação ainda mais grave. Nos anos de 2006 e 2007, ele precisou ser submetido a quatro cirurgias na garganta, para a retirada das amígdalas e parte das língua (para resolver um problema de apneia). Posteriormente, fez tratamento com radioterapia – e uma traqueostomia - contra a fibrose na garganta, consequente da cicatrização das cirurgias. Por conta disso, Rhanon acabou não frequentando de forma adequada a escola. Mesmo assim, foi aprovado com notas 7 e 8.
 
 
“Durante esse período ele não frequentava a escola. Compareceu as aulas esporadicamente, mas não tinha uma sequência de ensino. Mesmo assim ele foi aprovado com notas básicas”, conta.
Indignada com a forma como estava sendo conduzida a educação do filho, a mãe chegou a comparecer à escola Artur Costa e Silva para manifestar o desejo de que o menino fosse reprovado, já que ele não apresentava progresso no aprendizado. Não obteve sucesso. Entre as alegações que ouviu, a afirmativa de que a aprovação do menino era obrigatória.
“Sempre acompanhei meu filho e avaliei o que ele fazia. Durante esses anos, lutei para conseguir professores especiais para dar suporte para ele na escola regular e não conseguia. Teve uma época em que eles alegaram que era obrigado a passagem de ano das pessoas especiais. Mas procurei a lei, e ela diz que ele deve ter o tempo necessário dentro da escola para estudar até aprender”, explica.
As aprovações partiam da direção e da pedagoga do colégio, segundo a mãe, que afirma ainda que os professores não concordavam com a forma como o aluno era conduzido às séries superiores.

“Eles me paravam na porta da escola e falavam que não era para ele ser aprovado dessa forma. Já a direção e a pedagoga afirmavam que não poderiam reprovar uma criança educada e sociável, que deveria seguir a turminha para estar bem. Isso para mim não é justificativa”, diz.

Lilian Maria faz um apelo aos pais que possuem filhos com necessidades especial. “Eu tento lutar, porque a maioria das mães se calam diante do problema. As autoridades não dão suporte algum para as escolas poderem trabalhar com essas crianças. Os professores não são capacitados para isso. Infelizmente é um fato que não acontece só com as pessoas especiais. Isso acontece muito com as pessoas ditas normais. Elas não são preparadas”, pondera.


Foto: Fiorella Gomes | Gazeta Online
Fiorella Gomes | Gazeta Online
Cadernos utilizados por Rhanon, mostram rabiscos e desenhos onde deveriam ter palavras e cálculos matemáticos. As assinaturas das professoras, acompanhadas pela palavra ótimo, informam que o aluno executou perfeitamente a atividade aplicada


 
 

Lilian Maria recorreu ao advogado Alexandre Rossoni, que entrou com pedido de providência na Prefeitura de Vitória, Secretaria Municipal  de Educação e Ministério Público Estadual (MPES), no dia 25 de abril, requisitando a anulação dos boletins concedidos à Rhanon.
“Por ele ser uma criança especial, ele é tutelado. Então o MPES tem de tomar alguma providência quanto a isso. Acho difícil que a gente consiga junto ao município a reprovação dele, no sentindo que ele volte às séries anteriores e comece um processo gradativo de conhecimento efetivo. Como fica o futuro dele? Ele tem 19 anos e não tem sequer condição de ser inserido no mercado de trabalho”, afirma o advogado.
 
 
 
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Seme) de Vitória informou que, em diálogo com a unidade de ensino (envolvendo a dirigente escolar, as pedagogas e a professora de Educação Especial), foi reconhecido que Rhanon Kaique Fávero encontra-se em processo de apropriação da leitura e da escrita. Mas que para sua aprovação outros conhecimentos curriculares também foram levados em consideração, como a autonomia, a elaboração do pensamento e do raciocínio, por exemplo. Informou ainda que o menino participou de várias atividades, como teatro e dança.
Ao contrário da informação dada pela mãe do rapaz, a direção da escola afirma que Rhaon teve, sim, "mediações pedagógicas de uma professora de Educação Especial, que orientava os professores e elaborava atividades curriculares adaptadas a partir dos objetivos previstos para as etapas do Ensino Fundamental em que estava inserido". Frisou também, "que foi ofertado o atendimento educacional especializado, no contraturno, mas a família não aderiu, conforme termo assinado e arquivado na escola".
A Secretaria Municipal de Educação informou ainda "que o aluno foi matriculado em uma unidade de ensino da Rede Estadual de Ensino, que conta com o apoio especializado para alunos público-alvo da modalidade de Educação Especial, garantindo, assim, a continuidade das intervenções realizadas no Ensino Fundamental".





Boa tarde leitores,


Quero aqui, diante da reportagem, parabenizar o grupo A gazeta pela reportagem levada para nós, na verdade, uma demonstração de serviço público muito bem feito pela equipe responsável e claro deve-se lembrar o trabalho dos jornalistas, comunicadores, que exercem de fato a profissão e não querem saber de status, para poderem viver, mas sim de ajudar ao próximo, a chegar a cada cidadão que necessita de informação, mas também de ser ouvido.

Como vocês já devem saber caro leitores, eu tenho formação em comunicação social, com habilitação em publicidade, mas em 2012, terminei também o que eles chamam de licenciatura plena em sociologia, que eu fiz pelo Ieses ou como acharem melhor a "Complementação Pedagógica" que me da direito de ser professor de Sociologia pelo estado e qualquer escola particular.

Bom, porque estou falando da minha "complementação pedagógica"? È que foi com esse curso que tive a experiência de estagiar na escola Aristóbulo Barbosa Leão do município da Serra, no bairro de Larangeiras.

Nessa época, me deparei com um problema semelhante ao que o filho da Lilian Maria Fávero estão vivenciando. Só que no caso que observei, eram alunos com deficiências auditivas, percebi que durante a carga horária de aulas como professor observador, os deficientes não estavam nas mesmas condições de aprendizagem do que os outros alunos.


Segundo a própria professora tradutora que fica com eles na sala de aula, para ajudar a entenderem o que está sendo passado em sala de aula, como por exemplo: aula de matemática, a professora é tradutora de línguas de sinais, nem ela entende o que o professor de matemática está passando, assim no momento do estágio, meus questionamentos eram, a priori, será que os alunos deficientes auditivos estão tendo benefício com essa metodologia atual?

As minhas discursões com a coordenadora pedagógica era, que por mais que eu sei como é importante esses alunos estarem com auto estima alta, ou seja, querem acompanhar a turma, não se sentir excluído e fora os problemas comuns de qualquer formação na adolescência, o que não podemos deixar passar sem sequer discutir é se de fato, qual a nossa contribuição para o aprendizados desses alunos? fiquei me perguntando se o caminho que a educação do estado está seguindo não seria errado.

Sendo assim, com essa reportagem do caso de Rhanon, percebe-se que o problema é um pouco mais amplo, isto é, tendo em vista os argumentos fundamentais da mãe para o entendimento desse caso, vale lembrar, que o garoto chegou ao ensino médio sem saber ler e escrever, vale ressaltar que por mais que ele tenha síndrome de down, com 19 anos, tem pessoas que com o mesmo caso dele já trabalham, vivem sua vida, ou seja, porque ele não conseguiu alcançar essa meta?



E nesse mesmo raciocínio, que podemos concluir que o Brasil, assim como os estados precisam de reavaliar a metodologia adotada nas escolas, mesmo porque, quem decide se o aluno vai reprovar ou não reprovar em casos como esse não é a diretoria e sim a mãe junto com seu filho. Acho que a mãe nesse caso está certa, pois por mais que a turma seja interessante para o filho, tentar passar a mão na cabeça dele não irá adiantar, dessa forma, concordo com a mãe quando ela diz que o aluno não aprendeu nem a ler e escrever.



Em suma, a tarefa de educar alunos como o caso de Rhanon, sem dúvida não é fácil, pois como a mãe mesmo diz, são mais de 30 alunos na sala, não tem como atender ele de uma forma individualizada o tempo todo. Porém, não é um problema a meu ver, impossível de ser resolvido, mas precisamos de políticas de educação, estratégias, psicólogos, professores, para discutir qual seria a melhor maneira, talvez, aulas mais vazias, não sei, mas o que não podemos é deixar uma vida ser tratada dessa forma em nossa sociedade em que as pessoas só empurram com a barriga o problema dos outros. Sou a favor do estado e acho que ele tem o direito e dever de intervir.