quarta-feira, 30 de julho de 2014

PROPAGANDA IMORAL COMO REGULAR?










Bom dia leitores,








Ontem aconteceu na Câmara dos Vereadores em Vitória, Espírito Santo, a primeira audiência para se discutir sobre "Propaganda Imoral como Regular?" visando um debate sobre temas polêmicos, de cunho erótico, no meu ver, demorou um pouco essa iniciativa dos políticos, mas pelo menos o Vereador Davi Esmael teve atitude e encaminhou um projeto de lei para regular propagandas como o caso da garota de programa Ana Júlia com seu outdoor comunicando seu meio de trabalho.

Eu como publicitário, vejo que essa iniciativa foi boa, mas é preciso um reconhecimento da sociedade, dos políticos, saberem que publicidade faz parte do dia a dia das crianças, jovens e na minha opinião deve ser discutido pois são ferramentas de excelentes persuasão, que usadas de maneira saudável, pode ser bem útil, assim, mas ao contrário, senão usadas corretamente seus impactos podem ferir o Estatuto da criança e adolescente, nossa própria constituição, ou seja toda nossa sociedade.

O que coloco em questão aqui é a importância de se discutir temas como esse, uma vez que nossa sociedade mudou de maneira inconteste, só que alguns princípios foram ainda preservados, como a ética, alguns valores como a nossa cultura brasileira e também a própria cultura capixaba, deve ser bastante discutido esse tema, para que ambas as partes sejam ouvidas e não oprimidas.

Por isso digo que a iniciativa foi boa, mas temos muito que avançar nas questões de direitos humanos, ética para que nossa individualidade, a nossa maneira de pensar não seja a solução para todos os problemas, mas que juntos podemos sim, ajudar a melhorar o mundo, ouvindo todas as pessoas existentes que se encontram como Ana Júlia na sua forma de trabalho querendo vender e também os pais com seus filhos, querendo proteger suas crianças, do excesso de poluição visual, propagandas imorais, obstáculos principalmente, por causa da mudança do mundo, mas que o conformismo não seja a única solução.



                                           GAROTA DE PROGRAMA ANA JÚLIA










                                             VEREADOR DAVI ESMAEL 









                                      PROF. DR. EDGARD REBOUÇAS REPRESENTANTE DA UFES, FALANDO SOBRE A PROPAGANDA IMORAL, DIZENDO QUE TEM UM TRABALHO DE CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA UTILIZADA PARA TV QUE PODE SER ÚTIL PARA ESSAS QUESTÕES QUE SÃO UM POUCO SUBJETIVAS.

















  

terça-feira, 22 de julho de 2014

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA



Boa tarde leitores,

Esse post eu pensei, vai ser para aquela criança, adolescente ou jovem mesmo que gostaria de discutir sobre política, mas só não sabe como, pois, para a nossa sociedade, de capital intelectual, é quase que imprescindível saber a história, assim sendo, falarei da história da educação brasileira segundo um artigo que li para tentar o mestrado de educação recentemente pelo Ifes, o nome dele é "O Ensino de Ciências no Brasil: História, Formação de Professores e Desafios Atuais"

Bom, porque pensei em falar da história da educação brasileira, é o que mais está precisando hoje no Brasil, dessa forma, você leitor, que não acha que é preparado para entender sobre política, lendo isso, poderá ter mais diálogo sobre esses assuntos.

Leitores, pais, jovens, a história da educação, segundo esse artigo que estou me baseando, é contada da seguinte forma, de 1950 a 1970 a educação brasileira foi toda administrada pelo estado. Ou seja, é o governo que investia na educação, no início, muito pouco para falar a verdade.

Chegaram as teorias cognitivas de Jean Piaget, um psicólogo que percebeu que a criança, poderia se desenvolver mais com procedimentos pedagógicos, foi no ano de 1960, tivemos alguns avanços, o professor não era só um transmissor de conhecimento, mas acreditava um pouco mais no desenvolvimento do aluno ao aprender a ciência dessa forma.

O grande problema, que ai vale você memorizar isso, porque isso eu acho muito importante, era que acreditou-se muito na ciência e no poder da tecnologia nessa época. Em 1961, veio a lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional conhecida como LDBEN número 4024/61 que ai descentralizou as decisões curriculares que estavam sobre o poder do Ministério da Educação (MEC). Mas tivemos poucas mudanças eficazes, o que se sabe é que nesse período o que foi mais significativo para a mudança são as iniciativas de abrangência nacional feitas pelo IBECC, Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura. O que foi exatamente isso, um grupo de São Paulo de professores, que fizeram experimentos com materiais didáticos com professores e cidadão interessados em conhecimentos científicos.

O Brasil nesse período tiveram muita influência dos Estados Unidos e da Inglaterra. Mas o que aconteceu é que esses professores renomados que chegaram de fora, não conseguiram treinar os nossos, assim, essa forma de ensino foi marcada por tentar relacionar o aluno para o mercado de trabalho.

O que se viu é que a ciência, que achava que ela sozinha poderia revolucionar a educação, com a sua neutralidade, objetividade alinhado ao desejo político de modernização do país, na verdade o que conteceu mesmo foi uma crise econômica  no final dos anos 1970, assim diversos movimentos populares, passaram a exigir a democratização.

Só que ai leitores, uma parte fundamental para o entendimento da educação, em 1980, as guerras, a busca pela paz mundial, as lutas de defesa ao meio ambiente, desmatamentos, passaram a exigir formação de cidadãos para viver em sociedade não mais de maneira individualista, como foi a educação clássica.

A grande contribuição para educação foi as teorias do russo, Lev Vygostsky, uma teoria sociocultural, ou seja, acreditar no desenvolvimento do ser humano envolvendo todo o contexto que ele vive, suas condições econômicas, suas experiências, ou seja toda a sua formação como pessoa.

Podemos também vale lembrar, a incorporação da dialética marxista que os professores teriam que ter a partir de em diante, visando o ser humano mais reflexivo, desenvolvimento mais a criticidade.

Nos anos 1990, vem a nova lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96) que tentava trazer os estudantes uma formação geral de qualidade, o que seria isso, fazer eles de fato pesquisarem, criarem, analisarem, ou seja ter capacidade para escrever, interpretar e claro refletir também sobre as questões sociais.

Nos anos 2000, vem o Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado pela lei número: 10.172, de 09/01/2001 que está ligada com a lei da constituição federal e LDBEN 93/94/96.

Mas o que se nota, em dias atuais é que o neoliberalismo, a globalização, nossos jovens tiveram muita influência dessa invasão do mercado na vida das pessoas tornando assim, pessoas influenciadas pelo consumo até hoje, das tecnologias, de videogames, tvs, celulares e o aprendizado reflexivo na minha opinião ficou para traz, pois para os estudantes, ler é muito chato, infantil, o bom é o videogame, mas ai quando crescem, eles percebem que poderiam ter lido muito mais, ter feito coisas melhores para sua vida.

A verdade que como as crianças, são a base do desenvolvimento do país, essa interferência do fracasso da nossa educação chega até aos professores, pois afinal, também acabaram sendo educados dessa forma de ensino que não vê o ser humano e a preparação não somente dele para a prova, mas para a sua vida, como pessoa.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

EVENTO CAFÉ DESIGN: ENCONTRO DE IDÉIAS






Boa noite leitores!!!!





Hoje, como ja tinha falado no texto anterior, tinha uma surpresa para vocês e agora estou postando a surpresa, fui convidado a dar uma palestra para Dell Anno empresa de design aqui de Vitória.

Para mim foi uma honra poder está conversando com profissionais de arquitetura, design de interiores e decoradores de maneira geral.

A palestra foi sobre "Desejo, Sonho e Marketing contemporâneo" eu que sou professor de sociologia e busco sempre os debates, foi certamente o início de um sonho realizado, é claro que todos e eu principalmente queremos que isso seja maior, que os debates das empresas de cunho social seja cada vez maior, que vire uma filosofia de mercado e que não fique só na falácia.

Assim sendo, gostaria de agradecer aqui, a Adriana Voloski, que acreditou em mim para essa realização, que é o evento "Café com Design: Encontro de Idéias"

Bom é isso, espero que vocês gostem!! e divulguem pois o nosso mundo precisa de mais idéias, ouvir diferentes pontos de vistas e claro mais educação para o nosso Brasil.






quinta-feira, 17 de julho de 2014

''DEVEMOS TER CUIDADO QUANDO LEGITIMAMOS ALGO?"



Boa noite leitores,






Depois de uma semana cansativa, pensei, será que escrevo mais alguma coisa nesse blog ou espero a semana passar? eis a questão, mas como diz Clóvis de Barros Filhos, "sou fiel as minhas inclinações" ehhe, assim sendo, escrevo!

O assunto para hoje eu estava refletindo sobre a questão quando você legitima algo, muito cuidado, ao legitimar, principalmente em um mundo dominado pelas marcas, você legitimar um produto só porque ele é de tal marca, você pode um dia se arrepender, quando esse maldito produto ti trazer problemas no futuro.

Mas não é só isso também, no nosso mundo contemporâneo, eu estava lendo recentemente o livro "Comunicação do Eu: Ëtica e solidão" ainda não terminei é verdade, mas posso ti adiantar que esse livro é muito bom, no que tange a forma como nós comunicamos.

Queridos leitores, falar implica tanta coisa que vocês falam de maneira tão natural que não fazem idéia da importância que é você ouvir o outro, entender cada expressão, gestos, tudo em nós comunica.

Assim, é claro, e no mundo das aparências você saber ter uma boa imagem é fundamental. Como diz Pierre Bourdieu, sociólogo, que várias vezes ja citei ele aqui, fala muito disso comentando sobre o capital que está em volta de cada pessoa, quando nós conversamos, se a pessoa é formado, se ela trabalha, se ela é casada, é realmente um mundo que temos ter muito cuidado com que falamos e quando decidimos aceitar a influências de marcas, de pessoas, por isso, nada melhor fazer o que nossos mestres falam, Mario Sérgio Cortella costuma dizer que velho é o que precisa ser jogado no lixo, que é a mesma coisa que arcaico, segundo ele uma pessoa idosa é uma pessoa que tem mais idade.

Assim o autor conclui que tradicional é o que devemos preservar e o arcaico é o que jogamos fora, se tornou obsoleto.

Em resumo o que queria dizer é que vamos valorizar mais nós e tentar não ser facilmente manipulado, por comerciais de tvs idiotas, propagandas, lojas, vendedores, bem é isso, espero que tenho agradado vocês, mas podem ficar tranquilos que ja ja!!, teremos muitas novidades, o que posso adiantar é que vou postar um vídeo, bem legal, vocês vão ver!!


segunda-feira, 7 de julho de 2014

COMENTÁRIO SOBRE O PROGRAMA "TUDO PELA AUDIÊNCIA"






Boa noite leitores,




Esse título fiquei pensando logo quando eu ouvi seu nome, sendo anunciado pela propaganda institucional
do programa, deve ser um programa bem horrível, pois, ultimamente o que dá audiência na tv brasileira é novela ou futebol.

Bem, mas na verdade, esse título me lembra uma coisa, quando fui fazer meu trabalho final da faculdade. Tenho até hoje as gravações das crianças que pesquisei na minha pesquisa de campo. Queria entender a influência da mídia e a subjetividade nas crianças, assim, o que mais eu ouvia delas era quando perguntado o que tinha na televisão, elas imediatamente respondiam, têm tudo!! tudo!! com um ar de felicidade que parecia ter encontrado a mãe na volta da escola.

Vejo um nome muito pouco sugestivo, acho que em termos de dias atuais, faltou como sempre uma sensibilidade, mas claro, a mídia sempre, com seu jeito arrogante, querendo a audiência a qualquer custo. Porém me desculpe o Fábio Porchat, mas um profissional desse nível, não poderia pensar um nome mais agradável para seu programa, ou melhor para o tipo de ambiente do seu trabalho?  Afinal de contas,  qual a imagem que esse profissional quer passar? porque "tudo pela audiência" é de uma imbecilidade que não tem tamanho.

Fora isso, gostaria de lembrar, uma passagem do relato de Clóvis de Barros Filho, professor que leciona a 24 anos, na USP em São Paulo, professor de Ética, teve aula com Pierre Bourdieu, quando fez seu doutorado em Paris. Outro, excelente professor, Bourdieu, na verdade um grande mestre embora já falecido.

Como estava dizendo, Clóvis escreveu "A vida que vale a pena ser vivida" esse sim um título respeitado, digno de quem pensou em colocá-lo. Mas chamo atenção deste para você leitor, que gosta de ficar vendo as propagandas, que vai com frequência ao cinema e claro, passa horas em frente a uma televisão em casa, que praticamente dedica quase a sua vida, em frente a uma tela, um monitor, para saciar com a vontade, as suas emoções, com imagens, personagens globais, Clóvis, cita no seu livro, uma expressão assim: "instantes de intensidade" ele cita essa expressão tentando explicar o que acontece quando alguém vê um filme e esse filme está sendo muito bom para essa pessoa, que quando acaba é como se o telespectador demorasse a voltar a sí, a entender que aquilo era só um filme, que ele tinha esquecido até dele mesmo.

Ai eu fico imaginando, se você fica consciente quando uma coisa ruim acontece e assim dificilmente fará ela novamente, mostra que a lucidez serve para alguma coisa, mas e o que acontece com o inverso, falta total de lucidez, tempo todo "instantes de intensidade" anos e anos, o que será que acontece com sua realidade?