Boa tarde leitores,
Esse post eu pensei, vai ser para aquela criança, adolescente ou jovem mesmo que gostaria de discutir sobre política, mas só não sabe como, pois, para a nossa sociedade, de capital intelectual, é quase que imprescindível saber a história, assim sendo, falarei da história da educação brasileira segundo um artigo que li para tentar o mestrado de educação recentemente pelo Ifes, o nome dele é "O Ensino de Ciências no Brasil: História, Formação de Professores e Desafios Atuais"
Bom, porque pensei em falar da história da educação brasileira, é o que mais está precisando hoje no Brasil, dessa forma, você leitor, que não acha que é preparado para entender sobre política, lendo isso, poderá ter mais diálogo sobre esses assuntos.
Leitores, pais, jovens, a história da educação, segundo esse artigo que estou me baseando, é contada da seguinte forma, de 1950 a 1970 a educação brasileira foi toda administrada pelo estado. Ou seja, é o governo que investia na educação, no início, muito pouco para falar a verdade.
Chegaram as teorias cognitivas de Jean Piaget, um psicólogo que percebeu que a criança, poderia se desenvolver mais com procedimentos pedagógicos, foi no ano de 1960, tivemos alguns avanços, o professor não era só um transmissor de conhecimento, mas acreditava um pouco mais no desenvolvimento do aluno ao aprender a ciência dessa forma.
O grande problema, que ai vale você memorizar isso, porque isso eu acho muito importante, era que acreditou-se muito na ciência e no poder da tecnologia nessa época. Em 1961, veio a lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional conhecida como LDBEN número 4024/61 que ai descentralizou as decisões curriculares que estavam sobre o poder do Ministério da Educação (MEC). Mas tivemos poucas mudanças eficazes, o que se sabe é que nesse período o que foi mais significativo para a mudança são as iniciativas de abrangência nacional feitas pelo IBECC, Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura. O que foi exatamente isso, um grupo de São Paulo de professores, que fizeram experimentos com materiais didáticos com professores e cidadão interessados em conhecimentos científicos.
O Brasil nesse período tiveram muita influência dos Estados Unidos e da Inglaterra. Mas o que aconteceu é que esses professores renomados que chegaram de fora, não conseguiram treinar os nossos, assim, essa forma de ensino foi marcada por tentar relacionar o aluno para o mercado de trabalho.
O que se viu é que a ciência, que achava que ela sozinha poderia revolucionar a educação, com a sua neutralidade, objetividade alinhado ao desejo político de modernização do país, na verdade o que conteceu mesmo foi uma crise econômica no final dos anos 1970, assim diversos movimentos populares, passaram a exigir a democratização.
Só que ai leitores, uma parte fundamental para o entendimento da educação, em 1980, as guerras, a busca pela paz mundial, as lutas de defesa ao meio ambiente, desmatamentos, passaram a exigir formação de cidadãos para viver em sociedade não mais de maneira individualista, como foi a educação clássica.
A grande contribuição para educação foi as teorias do russo, Lev Vygostsky, uma teoria sociocultural, ou seja, acreditar no desenvolvimento do ser humano envolvendo todo o contexto que ele vive, suas condições econômicas, suas experiências, ou seja toda a sua formação como pessoa.
Podemos também vale lembrar, a incorporação da dialética marxista que os professores teriam que ter a partir de em diante, visando o ser humano mais reflexivo, desenvolvimento mais a criticidade.
Nos anos 1990, vem a nova lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96) que tentava trazer os estudantes uma formação geral de qualidade, o que seria isso, fazer eles de fato pesquisarem, criarem, analisarem, ou seja ter capacidade para escrever, interpretar e claro refletir também sobre as questões sociais.
Nos anos 2000, vem o Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado pela lei número: 10.172, de 09/01/2001 que está ligada com a lei da constituição federal e LDBEN 93/94/96.
Mas o que se nota, em dias atuais é que o neoliberalismo, a globalização, nossos jovens tiveram muita influência dessa invasão do mercado na vida das pessoas tornando assim, pessoas influenciadas pelo consumo até hoje, das tecnologias, de videogames, tvs, celulares e o aprendizado reflexivo na minha opinião ficou para traz, pois para os estudantes, ler é muito chato, infantil, o bom é o videogame, mas ai quando crescem, eles percebem que poderiam ter lido muito mais, ter feito coisas melhores para sua vida.
A verdade que como as crianças, são a base do desenvolvimento do país, essa interferência do fracasso da nossa educação chega até aos professores, pois afinal, também acabaram sendo educados dessa forma de ensino que não vê o ser humano e a preparação não somente dele para a prova, mas para a sua vida, como pessoa.