quarta-feira, 19 de setembro de 2012

FILMES SÃO RUINS? / WWW.YOUTUBE.COM



O filme "Os intocáveis" é a prova que a publicidade e a televisão quando utilizada para fins mais sociais poderá não só ser uma questão de entretenimento, mas um grande fornecedor de conhecimento, pois a capacidade que o filme tem de nos colocar no lugar do outro, isto é, ter outra visão de mundo, conhecer novas culturas, sair um pouco da famosa zona de conforto é sem dúvida um potencial enorme para a sociedade viver melhor consigo mesmas.

        De fato, de maneira exemplar que foi retratada no filme é a demonstração que um tetraplégico pode sim, viver feliz, independente das suas dificuldades, em tempos que as pessoas acham que a felicidade só é a beleza, o filme toca muito bem, no coração humano, no lado que o ser humano possui, mas que normalmente é pouco explorado, as vezes porque a própria família não consegui ensinar ou também as escolas, a sensibilidade é um fator determinante quando se trata de ações sociais, políticas públicas, pois como nós sabemos, o Brasil no caso, tem grandes desigualdades existentes nas mais variadas formas em cada região brasileira e aqui no Espírito Santco não é diferente, morros como São Benedito, bairro Maria da Penha, Jaburu vivem conflitos com a criminalidade que a chamada classe média nem sonha que exista, por isso que ter filmes que retratam a realidade é de extrema importância a meu ver.
       Assim, percebo que não é a publicidade que nos faz mal. mas como conduzimos, orientando uns aos outros, isso sim faz diferença, com ações, nas comunidades, integrando, intervindo quando preciso, é disso que nosso mundo precisa para viver melhor, discutir sobre nossas ações, é que gradativamente poderemos melhorar.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

CRIANÇAS ESTÃO DESPROTEGIDAS TV E INTERNET / JORNAL A GAZETA 29 DE AGOSTO DE 2012

No último dia 9, a Cãmara dos deputados voltou a discutir a necessidade de regulamentar a publicidade voltada para crianças e adolescentes. O "1° Seminário Infância Livre do Consumismo", proposto pela comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmera , é uma das muitas discussões que, há décadas, tentam ganhar apoio do Legislativo para aprovação de leis que proíbam ou regulamentem o tema. O Brasil não possui limites legais para a exposição de crianças e adolescentes á publciidade. Uma pequena proteção é prevista, apenas pelo Código de Defesa do Consumidor e pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), que estabelecem recomendações aos anunciantes, mas não têm poder de lei. Atualmente, a restrição da exposição do público infantil a conteúdos inadequados limita-se a classificação indicativa da programação. Instituída em 2009, ela é responsável por informar ao público-e principalmente aos pais-as restrições por idade de todos os programas televisivos . Os que são classificados como inadequados para menores de 12 anos, por exemplo, só podem ser exibidas na TV a partir das 20h.Mas não há nada que limite aquilo que vai ao ar durante os intervalos comerciais. 

  INTERNET 

A questão da falta de proteção ao púbico infantil vai além da televisão, explicam defensores da regulamentação da propaganda. Na internet, a ausência de leis brasileiras que protejam dados e garantam a privacidade em qualquer idade colocam em risco, também, as crianças. Enquanto os Estados Unidos discutem ampliar as regras da privacidade infantil na internet-exigindo, por exemplo, que para coletar informações de crianças será preciso que o responsável forneça dados de cartão de crédito ou envie uma assinatura por fax-,no Brasil ainda não há qualquer regra sobre o assunto. "A legislação da Europa é ainda mais rigorosa", explica o diretor -presidente da ONG Safernet, Thiago Tavares. E acrescenta:" Estamos 15 anos atrasados em relação a eles". Lá, segundo Tavares existem agências nacionais como a Anatel- que regulamenta o setor de telecomunicações no Brasil -, para regulamentar e defender a privacidade na rede. "Quem tem os dados violados têm a quem recorrer", explica. Outro assunto em debate é a liberação do acesso às redes sociais para crianças e portanto a qualquer conteúdo presente nelas. O Facebook chegou a anunciar, no início do ano, que queria liberar a rede para menores de 13 anos, passando a oferecer ferramentas para os pais controlarem a conta dos filhos. "Essa é uma medida positiva, porque oficializa algo que hoje é informal. As crianças estão usando a rede, muitas vezes mentindo a idade com os consentimentos dos próprios pais. Fingir que isso não aconteça é que é um problema. Abrir a rede exigiria da empresa mecanismo de proteção" avalia Tavares. 

CONSUMO

No debate sobre o estabelecimento de limites a à propaganda infantil, não faltam prejuízos provocados as crianças. O projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, atua na defesa de uma regulamentação da publicidade e reúne algumas informaçoes sobre o assunto. "À criança, até os 12 anos, não têm capacidade de compreender o caráter persuasivo da publicidade. Não quero o fim dos anúncios, mas o redirecionamento deles para os pais. Hoje, anúncios de brinquedos e alimentos utilizam-se da vulnerabilidade da criança. Mas os Núcleo de Defesa do Instituto, Pedro Hartung. Ele explica que um dos projetos de lei sobre o assunto tramita há 11 anos na Câmara. È o mesmo projeto que motivou na semana passada, o debate realizado em uma das comissões da câmara. Outro projeto de 2011., busca restringir o horário da publicidade para crianças entre as 7h e as 22h.


INFLUÊNCIAS NEGATIVAS

Estudos feitos em diversos países tentam comprovar a influência maléfica da propaganda infantil no seu público-alvo. O próprio Instituto Alana revelou, em 2010, o motivo de tanto interesse dos anunciantes em falar as crianças: sete em cada dez pais são influenciados pelos filhos de 3 a 11 anos na hora das compras. As propagandas seriam também as maiores responsáveis pelo aumento da obesidade infantil, pela erotização precoce e pelo aumento do desejo do consumo nessa faixa etária. Um estudo realizado em 2010 em vários países, incluindo o Brasil, mostrou que 67% dos alimentos anunciados voltados para as crianças tinham excesso de sal, açucar e ou gordura. Outro levantamento realizado pelo Observatorio da Mídia , da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) , em parceria com o Instituto Alana, mostram que em épocas que antecedem o dia das crianças e o Natal, por exemplo, a publicidade voltada para crianças aumenta significativamente. Os pesquisadores observaram que, em Outubro do ano passado, 36% dos anúncios veiculados em 15 emissores tinham como o único proposito a divulgação de brinquedos. " Isso mostra, que a estratégia do mercado está, sim, voltada para esse público", diz o coordenador do Observatório de Mídia, Edgard Rebouças. O estudo será conduzido até 2014 para a elaboração do diagnóstico completo.

CONTROLE DOS PAIS

Responsável por regular o mercado publicitário o Conselho de Autorregulamentação Públicitária (Conar) considera que suas regras já são extremamente rígidas e garantem a defesa dos consumidores. Assessoria de imprensa do conselho diz, também, que o controle daquilo que os filhos assistem é de responsabildiade primeira, dos pais e que a publicidade é um dos últimos fatores influenciadores do consumo das crianças. Além disso, explica que suas regras proíbem, anúncios preconceituosos, que utilizam frases imperativas, (como "peça para a mamãe comprar") ou que apresentem alimentos como substitutos das refeições. Desde que as regras foram atualizadas, em 2006, mais de 300 processos foram aberto contra anúncios, que infringiram regras como essas. O conselho diz, ainda, que consegue tirar uma campanha desrespeitosa do ar em até 6h horas.