domingo, 15 de junho de 2014

"SOMOS FAVELADOS"


Boa noite leitores,







"Somos favelados,"  essa foi uma frase que um aluno da rede estadual de Vitória disse, na primeira vez que dei aula como professor.

Na época, lembro que como estava iniciando, a carreira de professor, não soube dar uma resposta a altura ou melhor como hoje, diria assim, como disse certa vez, nosso mestre  Paulo Freire "sempre recusei os fatalismos, prefiro a rebeldia que me confirma como gente que jamais deixou de provar que o ser humano é maior que os mecanismos que o minimizam."

Mas digo, de fato, que fiquei impressionado com essa afirmação, já vivi e vi várias situações de doentes, acidentes, histórias, guerras, que me deixaram perplexos, porém como não se paralisar diante de um determinismo como esse da nossa sociedade, sociedade que fazemos parte, que procuramos melhorar, mas será que estamos ajudando em alguma coisa essas pessoas?

O que leva um jovem estudante, cursando um ensino médio, ter essa visão de si mesmo? bom primeiro, precisamos lembrar que todos nós, vivemos em sociedade, se ele chegou a essa conclusão é devido ao rumo que estamos tomando com a nossa educação, as políticas públicas do governo enfim a nós mesmos.

O que me intriga é ele pensar dessa maneira, como se tivesse uma doença no corpo, que não tivesse mais cura, infelizmente é assim que vejo, como pode me pergunto, um adolescente, começando sua vida, cheio de curiosidade sobre o mundo, pelo menos é o que se espera, a uma pessoa que esteja começando a vida, no entanto, parecendo a andar justamente para atrás.

A verdade é que estamos imersos em um mundo de aparências, em que prestigiamos mais as vestimentas, o mercado linguístico e não mais o ser humano.

Nossa sociedade é a primeira que a expectativa de vida está diminuindo tendo em vista a anterior, o Brasil não tem boa colocação nos ensino de português e matemática comparados aos outros países nessa mesma modalidade.

É ai que vemos que temos que mudar, mudar nossa forma de vida, mudar a realidade das outras pessoas, mudar a nossa realidade, mudar o rumo do mundo, mudar a história da nossa vida, mudar os padrões midiáticos, que como diz Cortella, temos shampoo para cabelos "normais" o que seria cabelos "normais" seria o mesmo que cabelo "anormal?."

Realmente, acho que não paramos para pensar no mal que fazemos em viver com essa mentalidade fútil sobre a vida, materialista, uma cultura do consumo, um verdadeiro culto da idiotice, da babaquice, da irresponsabilidade, da imoralidade, da injustiça, da infantilidade, pois se o melhor da vida é nós mesmos com nossas histórias, cada um modificando e melhorando juntos a nossa casa, a nossa sociedade.





segunda-feira, 9 de junho de 2014

"ENCONTRO COM O ÍDOLO" SALVE CORTELLA!!!














Meus queridos leitores,


Acho que dessa vez fiquei mais feliz do que vocês, em ter que digitar essa matéria, Salve Cortella!!, bom, como vocês já devem saber, sou fã declarado por Mário Sérgio Cortella, já fiz várias citações, do próprio autor, no meu blog e mesmo assim, não me canso de ouvir e ler o maior filósofo brasileiro da atualidade na minha opinião.

Como eu disse anteriormente, utilizo Cortella, em sala de aula, na minha vida, para rir, contar histórias, entender sobre o mundo, compreender o ser humano, gravar citações é verdade, gosto muito das citações de Mário Sérgio Cortella, até as citações citando Paulo Freire, todas, sem exceção, desde as mais simples até as mais complexas, apesar que complexas, dificilmente Cortella fala difícil, ele fala para todo mundo entender, não estou querendo dizer somente estudantes, de graduação, mas sim, todo mundo mesmo, Cortella é muito bom, certamente o bem que ele faz para humanidade, ele deve ganhar em dobro, com suas obras, suas realizações, Cortella um verdadeiro cidadão brasileiro e claro, um exemplo a ser seguido.

Mas digo que a experiência de estar perto do ídolo, é uma coisa inexplicável, Cortella, depois da sua palestra ao vivo, mesmo eu já ter visto várias palestras suas pelo www.youtube.com Cortella é muito melhor pessoalmente, fato, nada como o contato, a certeza que ele é professor, na verdade, no meu popular Mário Sérgio Cortella, que da aula a 37 anos, é um MONSTRO!!! de SABEDORIA!! nada como constata, que o cara é bom mesmo, acho que falta muito isso nas pessoas, humildade, reconhecer que tem que dar valor, quando vemos um profissional, ainda mais na área de educação, fazer com tanta modéstia como diriam os filósofos, o seu trabalho.

É claro que não podemos de deixar, de prestigiar o evento, feito pela emissora "TRIBUNA", Cortella discutiu como já era previsto, a temática "Gestão do conhecimento" falas simples desse mestre, faz nos pensar em tantas coisas, como futuro educador, a capacidade da reflexão que ele faz do mundo, do seu cotidiano, como alguns conceitos, que hoje dizemos que temos "acesso a informação", que é bem diferente de termos conhecimento, informação você esquece, mas conhecimento, você pode passar anos sem andar de bicicleta, mas quando você encontra uma, você anda com facilidade, pode até não ter prática, mas saber, aquilo que você buscou em aprender, isso fica guardado para sempre.

Cortella é assim, uma sensibilidade gigantesca, coisa rara hoje em dia, num mundo totalmente enfeitiçado pela magia do consumo, Cortella, na sua sensibilidade, na sua percepção de observar o mundo, certamente, já nos diz, como está o nosso mundo, precisando de tantas melhorias, na educação, na política, na saúde, esse um professor de verdade, que pensa, que ensina, que volta atrás, que nos coloca no lugar do outro, que nos conta história, mas que também, nos faz análises, importante sobre o mundo, a própria vida.

Minha mão chegava a tremer, na fila esperando ele me dar o autógrafo, comprei o livro dele e de Klóvis de Barros Filho,  "Ética e Vergonha na cara" dizem que é muito bom, eu não tenho dúvida, uma união de um filósofo desse porte e um sociólogo da altura de Klóvis de Barros Filho, é óbvio que fiz boa comprando, ehehe aproveitando o link que fiz do consumo anteriormente.


Teve outros palestrantes, mas na parte da tarde, tive que dar uma saidinha, e ai não peguei algumas pessoas, agora queria fazer uma crítica ao nosso secretário de educação da (sedu), que estava lá, na mesa redonda, achei ele completamente fora no que tange o desenvolvimento da educação, nos aspectos, políticos, sociais e culturais.









Vale dizer também, que o evento foi de graça, sobre a educação e os créditos foi tudo para a Tribuna, até porque nosso governador Renato Casagrande correu, acho que de ser vaiado, pois, muitos pessoas que foram eram professores como eu.

Gostaria de lembrar aqui também, uma ótima professora que conheci nesse evento, professora Rosberg, muito simples também, fechou a palestra, falando sobre as dificuldade de ser um educador hoje no mercado global e discursou utilizando sua tese, de doutorado que ela fez, nos trazendo bibliografias interessantes como "Reprodução" de Pierre Bourdieu.














E aqui, para fechar, mostro uma foto que tirei no evento, quando mostrou uma menina de 12 anos de idade que foi espancada pelo pai e decidiu sair de casa, virou traficante, viciada, o vídeo nos mostra como a educação quando infiltra de fato na família pode mudar a nossa história.


















Bom, só para terminar, dedico esse espaço em homenagem ao nosso  astro da educação grande professor Mário Ségio Cortella







 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

domingo, 8 de junho de 2014

SENTIMENTO DE SER BRASILEIRO









Boa noite queridos leitores,


Hoje, em homenagem a copa do mundo, quero falar um pouco do sentimento de ser brasileiro. E ai, passando um dia com meus pais, resolvemos ir na Ilha das Caieiras, aqui em Vitória Espírito Santo. Um lugar fascinante, no período da copa do mundo então, acho que tem muito a ver, com nós, com eu e com você, de sermos, não importa quanto tempo passe, onde estivermos, nessa época em questão, somos brasileiros, até que a copa acabe, vivemos cada segundo, a festa, a grande festa.

E não me venha com essa que somos patriotas somente nesse junção com o futebol, pois, estou para ti falar, apesar de não poder provar, mas me recordando a copa de 70, que o Brasil foi tricampeão, pela primeira vez, naquele ano, uma seleção ganha 3 vezes, a mesma copa do mundo e era pela primeira vez, televisionado via satélite, para todos. Assim, não é difícil imaginar porque o Brasil ficou tão conhecido, pelo futebol, mas com uma forcinha da mídia é verdade.

Dessa forma, mesmo que alguns não goste, as vezes até eu ja me coloquei nessas situações, por exemplo: Somos brasileiros somente nessa época? Acho que essa pergunta, depois de eu refletir um pouco mais e analisar a história, a história que o Brasil conseguiu fazer, para nós brasileiros, dentro do futebol, acho que essa pergunta é muito pequena tendo em vista, a questão cultural que floresceu no nosso país, por causa de uma bola.

É claro, que não estou falando somente de bola, estou falando de pessoas, brancas, negras, pardas, índios, japonesas, não importa a cor, futebol no nosso país é alegria, é garra, é vontade, é força, união, abraços, é vida e vida boa, vida com paz.

Ir para periferias como a Ilha das Caieiras em vitória, e notar a felicidade das pessoas naquele bairro, por causa de um verde e amarelo nas ruas, por causa de um clima, um ambiente que só o futebol sabe fazer, mas vale a ressalva, só o futebol brasileiro, pois, sermos brasileiro, é ter gosto de vitória, na boca, é sentir o arrepio na hora de tocar o hino, para ver a seleção jogar, é sermos iguais, pelo incrível que pareça, na minha opinião, em tempos modernos, por um tempo até grande.

Tantas diferenças, vivenciamos no nosso mundo globalizado, no entanto, na copa do mundo, ela parece mudar, ela parece se transformar junto com a copa, é uma coisa que ninguém sabe explicar, todos os brasileiros, seja, seus pais, avós, assistem a seleção canarinho jogar, aliás, canarinho que fatalmente nos lembra o pássaro, amarelo que raramente vemos nas cidades, mas que podemos, por um instante, sentir a sua presença, nos corpos dos mestre das bolas, pela nossa seleção brasileira.




domingo, 1 de junho de 2014

"PRECISAMOS É DE UMA REVOLUÇÃO POPULAR"








Boa tarde leitores,





Eu estava dentro de um ônibus, indo para casa da minha namorada, quando aparece dois músicos, um com pandeiro e outro com o violão, tocando músicas de Alceu Valença "tropicana" e uma de autoria deles mesmos.

Eu fiquei parado ouvindo atentamente, apesar de não ser músico, aprecio pessoas que sabem tocar, cantar, principalmente quando usufruem sabiamente e claro, com muito trabalho, alegria, difundindo nossa cultura popular, que não é nada mais nada menos que as histórias e o cotidiano do nosso Brasil.

O nome da Banda é "Homem Lunar" formado por Cleber Cajueiro e Helder Mello, eles disseram da página deles do face, quando terminaram de cantar, caso você leitor tenha interesse de conhecê-los, está aqui o site deles http://tnb.art.br/rede/homemlunar.

E fico impressionado e por isso que estou escrevendo esse artigo, pensando, como esses caras não poderiam ajudar nossa cidade, diminuindo a violência, ensinando músicas para nós capixabas.

È inacreditável, como não aparece um governador falando com profissionais desse nível, se não querem trabalhar pelo estado do Espírito Santo ou se não em Vitória mesmo, com tanta falta de cultura popular que nós temos, tendo ai um teatro Glória, "teatro privado de tantas alegrias que poderia nos dar se estivesse pelo menos funcionando."

Sinceramente, profissionais assim, poderiam estar ai em praças pela cidade de Vitória, ensinando de músicas, falando sobre músicas populares, tendo em vista que nós brasileiros pouco sabemos de nossas músicas brasileiras, mesmo porque o tamanho que tem nosso país, nem se a gente quiser, daríamos conta disso tudo.

Assim sendo, sou a favor de uma revolução popular, de músicas, de capoeira, de culinária, de regionalidade, de cultura, de conhecimento, de história, de turismo, de preconceito, de direitos humanos, de sensibilidade, de leitura.

Na verdade, acho que poderíamos até ampliar o nome de "revolução popular" para "revolução da cultura espírito santense" para não dar essa idéia que geralmente temos que popular é para pobre, sendo que tem tanto rico ai precisando ouvir as músicas populares, conhecer e passar a ser mais humano entendendo a diversidade que nós temos na nossa sociedade.

Bom, em suma, queria somente chamar a atenção, de que pouco que fazemos já será muito, como esses músicos, que levam as músicas brasileiras para um ambiente normalmente estressado como são os nossos transportes público e que para mudar precisamos é de atitude, de querer conhecer o outro, de buscar acreditando em si mesmo.