segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Obama vendeu 350 mil, a maior tiragem nos EUA de quadrinhos / FOLHA DE SÃO PAULO


Personagem em gibis, Obama agora tem de enfrentar o vilão da recessão

A pedido da Folha, ilustrador Pedro Vergani desenha batalha entre presidente e a crise
DIOGO BERCITO
DE SÃO PAULO







Barack Obama, presidente dos EUA, é um zumbi. É também, eventualmente, um guerreiro bárbaro ao estilo de Conan. Aliou-se ao Homem-Aranha e não resistiu a um milkshake com Sarah Palin.
Desde a época da candidatura, Obama tem aparecido nos quadrinhos enfrentando de alienígenas a selvagens.
Talvez nenhum desses desafios seja tão difícil quanto o encomendado pela Folha ao ilustrador Pedro Vergani, 23: vencer a crise econômica.
Os vilões dessa história poderiam se chamar Teto da Dívida ou Duplo Mergulho. Nenhum tão vilipendioso quanto o temido... Recessssssão.
Não é de hoje que presidentes dos EUA são personagens de gibis. Richard Nixon (1913-1994), por exemplo, contracenou com o Quarteto Fantástico e o Incrível Hulk.
O próprio gênero dos super-heróis nasceu atrelado às relações internacionais. O uniforme do Capitão América não por acaso lembra a bandeira dos Estados Unidos. O soldado surgiu durante a Segunda Guerra (1939-1945).
"Há um risco de alienar parte dos leitores ao misturar política com gibis", diz à Folha o artista americano Erik Larsen. "Mas nenhum asunto deve ser descartado."
Larsen é autor de "Savage Dragon", HQ em cuja capa Obama aparece lado a lado com o monstrengo verde.
A proliferação de aparições do presidente dos EUA foi, em parte, reflexo de uma edição do Homem-Aranha publicada em janeiro de 2009.
Na história, o supervilão Camaleão se disfarça de Obama. O presidente é salvo pelo herói e aproveita para dizer que é fã dos gibis dele.
O Homem-Aranha vendia, na época, 70 mil cópias por edição. O gibi com Obama vendeu 350 mil, a maior tiragem da década nos EUA entre séries de quadrinhos.

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